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Vimaranense disponibiliza casa para acolher refugiados
É de Guimarães uma jovem que resolveu colocar a sua casa à disposição para uma família de refugiados.
Marta Félix, quis dar utilidade a uma habitação familiar fechada há já oito anos na freguesia de Brito e resolveu integrar o programa “Guimarães Acolhe”, um programa promovido pelo município que pretende receber 60 famílias de refugiados.
O caso de Marta é único no concelho, uma vez que a sua habitação é a única colocada à disposição por privados. A RUM falou com a jovem, que vive actualmente em Lisboa, e que explicou que esta ideia altruísta surgiu quando “houve um boom nas notícias sobre a crise dos refugiados”. “Ocorreu-me esta casa que temos em Brito e que é uma casa muito agradável que decidi colocar à disposição para acolher refugiados”, explicou a jovem. Entretanto, a casa já sofreu algumas remodelações. “Antes de apresentar a casa, juntei-me com uma série de amigas e durante uma semana limpamos e pintamos a casa. Houve algumas doações e temos a casa pronta desde Dezembro, mas nunca soubemos quando poderiam começar a chegar pessoas”, sublinhou Marta Félix.
Até ao momento em que começar a receber pessoas, o objectivo passa por envolver a população de Brito neste acolhimento aos refugiados. “Queria que este fosse um projecto feito por Brito. Tenho receio das questões de descriminação. Quando tive as primeiras reuniões em Brito ficou muito satisfeita com o entusiasmo demonstrado.
Quando tiver uma data específica para acolher pessoas, aí sim quero envolver a comunidade local”, evidenciou.
A jovem vimaranense pediu tempo de adaptação para os refugiados e afirmou que estes precisam de espaço para se integrarem na comunidade local. “Não se pode exigir às pessoas que cheguem e que se ponham a procurar trabalho logo na semana a seguir. As pessoas precisam de se adaptar”, esclareceu.
Marta Félix integra ainda um projecto maior, a nível nacional, denominado “Solidariedade não conhece fronteiras”. Projecto esse que pretende apoiar os refugiados nos vários campos de refugiados que existem na Europa e que pode ser consultado na sua página no Facebook.
Em Brito há, para já, uma certeza de que, pelo menos, existe mais um espaço a ficar pronto para acolher uma família de refugiados.