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UMinho frisa importância da internacionalização para enriquecimento da investigação
Dar a conhecer a toda a comunidade o que de melhor se faz ao nível da investigação e inovação na Universidade do Minho. Este é o objetivo da 1ª edição do Research & Innovation Open Days que está a decorrer no campus de Gualtar, em Braga, até esta quarta-feira.
Considerado um dos pilares fundamentais da academia, que é casa de perto de 3 mil investigadores e docentes, neste universo são desenvolvidos mais de 600 projetos científicos, o que corresponde a quase 230 milhões de euros captados.
Dois dias de partilha e contaminação, pela positiva, que esperam vir a dar frutos quer ao nível de novas parcerias, por exemplo dentro da Aliança Arqus, quer no crescer desta comunidade que tem 65 dos 2% de cientistas mais citados no mundo.
“Aquilo que vai acontecer aqui é uma caraterização de diversas dimensões da atividade de investigação na Universidade do Minho e a internacionalização é absolutamente essencial. Mais de 50% da nossa produção científica é feita no quadro de parcerias com instituições, com grupos, com investigadores estrangeiros. Parte da nossa força advém dessa densidade de relações que temos no plano internacional. Temos de levar este esforço ainda mais longe e explorar novas modalidades”, afirma o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro.
Exemplo da qualidade da investigação made in UMinho são os três projetos vencedores da bolsa do Conselho Europeu de Investigação, a mais prestigiada na União Europeia, apresentados durante a manhã desta terça-feira e que marcaram o arranque da iniciativa.
Paulo Lourenço, do Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia, recebeu uma verba de 3 milhões de euros para preservar o património classificado pela UNESCO perante sismos. Em declarações à Universitária não poupou nas críticas ao sistema científico português.
“Portugal investe muito pouco em investigação e desenvolvimento. Digamos, a nível da Europa, investimos cerca de 70%. E se compararmos com países como os Estados Unidos, Suíça, Coreia do Sul ou como o Japão, é uma vergonha. Quer dizer que o nosso futuro é limitado pela nossa falta de investimento. A sociedade portuguesa, e o governo em particular, eu acho que tem atuado muito bem no sentido de destruir as universidades, porque tem cada vez mais reduzido o financiamento de forma contínua. Pensar que um estudante do ensino não universitário custa mais ao país que um estudante universitário demonstra que algo está errado”, alerta.
O vice-reitor para a Investigação e Inovação, Eugénio Campos Ferreira, fala numa oportunidade de jovens estudantes iniciarem contactos com profissionais reconhecidos na área.
“Esta é uma amostra da nossa investigação e da inovação que temos vindo a manter. Portanto, é uma oportunidade de, quer os jovens investigadores, quer os próprios alunos que estão inseridos desde muito cedo em laboratórios de investigação, tomarem contacto com investigadores mais seniores, ouvirem as suas experiências de vida, os seus percursos, a apresentação de resultados e a motivação para a preparação de projetos que são bem-sucedidos para a captura de financiamento”, refere.
Esta quarta-feira pelas 11h00 está prevista a apresentação dos resultados da parceria com a Universidade de São Paulo (Brasil) que resultou em quatro estudos sobre alimentos, genética, infeções e literatura.
Para além das sessões que irão decorrer no campus de gualtar, existe ainda uma exposição de posters que resultam do trabalho dos colaboradores de 30 centros de investigação, 13 laboratórios colaborativos, nove laboratórios associados, 12 unidades de interface e 48 spin-offs da Universidade do Minho. Para breve está previsto o lançamento de um estudo sobre o impacto da UMinho na região e no país.