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UMinho pode ajudar em novo tratamento do sono

É mais um passo importante dado por investigadores da Universidade do Minho (UM), desta vez vez relacionados com a regulação do sono. Dois investigadores da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, a trabalhar no douturamento na Universidade Thomas Gefferson, nos Estados Unidos da América, descobriram um gene envolvido na regulação do sono em moscas drosófila. O objectivo agora passa por encontrar este gene em mamíferos.

Em declarações à RUM, Dinis Afonso, um dos investigadores, explicou que esta regulação “é importante num grupo específico de neurónios, cerca de 12 em 90 mil que a mosca tem. O tratamento que existe hoje para as perturbações do sono é inespecífico porque actua quer nos neurónios que são importantes para a regulação do sono, quer nos neurónios que não são importantes para a regulação de sono. Este trabalho pode ser importante porque pode dar especificidade ao tratamento do sono. Podemos agora ter um alvo, para o qual se podem desenvolver novos tratamentos, e sabemos que esse alvo é expresso especificamente no grupo de neurónios que é importante para a regulação do sono”. Desta forma os futuros tratamentos podem não provocar os efeitos adversos que resultam dos tratamentos actuais.

De acordo com Dinis Afonso, o actual tratamento do sono pode prejudicar outros neurónios. ”Hoje em dia o tratamento da regulação do sono passa por ansiolíticos, o problema é que o alvo molecular deste tratamento é expresso em praticamente todos os neurónios do cérebro. Quando as pessoas estão neste tratamento têm o benefício de poder dormir melhor mas também tem o efeito adverso de actuar em zonas do cérebro que pode diminuir a capacidade de memória, pode diminuir a capacidade de concentração, e pode, em casos extremos, não ser nada relevante para o sono”, acrescentou o investigador.

Quanto aos próximos passos da investigação do gene Taranis, podem até passar pela Universidade do Minho através de testes em ratinhos. De acordo com Dinis Afonso, “há interesse da Uminho em explorar o campo do sono, especialmente nos mamíferos, mas ainda não está completamente certo”. Por enquanto, a investigação continua a ser feita só na mosca e nos EUA.

Esta descoberta contribuirá para o desenvolvimento de fármacos mais eficientes contra perturbações do sono, um problema que afecta cerca de 20% da população portuguesa. O trabalho publicado na revista “Current Biology” e destacado na revista “Time” tem como primeiro autor Dinis Afonso, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Uminho.

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