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UMinho. Investigação de aluno de Medicina na revista Nature
Torcato Meira, aluno da Escola de Medicina da Universidade do Minho (EMUM), deu um importante contributo para o tratamento de doenças que afectam a memória social. A investigação foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia numa bolsa atribuída à Universidade do Minho no âmbito do programa MD/PhD.
O estudante esteve durante os últimos três anos na Universidade de Columbia, Nova Iorque, onde descobriu, no hipocampo do cérebro, uma área desconhecida que mostra ser essencial para o desenvolvimento de tratamentos para patologias como esquizofrenia, doença bipolar e alzheimer. O elevado grau de importância da investigação chamou à atenção da revista Nature.
Torcato Meira explica que faltava aos investigadores conhecer dois pontos principais do cérebro, “o hipocampo e a sua sub-região o CA2. Além disso, os investigadores também sabiam muito pouco sobre a memória social. O que descobri foi que essa estrutura tem um papel transversal na memória social, ou seja, era importante em todas as fases da memória assim como as projecções do CA2″.
O facto desta zona do cérebro ser muito pequena complica o trabalho dos investigadores, daí esta ser “totalmente desconhecida”. O futuro parece passar pela modelação destas moléculas e receptores do CA2.
“Podemos desenvolver fármacos que actuem nesses receptores, deste modo será uma terapia mais dirigida o que significa menos efeitos secundários no paciente”
Os excelentes resultados da investigação levaram à parceria com empresas farmacêuticas. Neste momento estão a testar fármacos para tentar reverter o défice de memória social em ratinhos.
O que é a memória social?
O ser humano contém dois géneros de memória, a motora, que está ligada ao facto de termos aprendido a andar de bicicleta e, por exemplo, andar. A memória no seu todo está relacionda com saber factos históricos, datas etc. O contexto social entra em pratica quando associamos caras a um determinado evento.