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UMinho. Aluna desenvolve tratamento para cancro da mama
Sofia Pinto, estudante de mestrado da Escola de Medicina da Universidade do Minho é a vencedora da primeira bolsa de investigação proporcionada pela Delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro em parceria com a Escola de Medicina da UMinho. A estudante de 22 anos tem vindo ao longo dos últimos três anos a desenvolver o projecto denominado “Novos compostos baseados na unidade de cromeno para o tratamento do cancro da mama triplo negativo”. Trata-se do segundo tipo de cancro da mama mais frequente e com a maior taxa de mortalidade registada.
Para o próximo ano, Sofia Pinto vai contar com uma bolsa anual de 12 mil euros para “validar” a eficácia deste possível novo tratamento para o subtipo triplo negativo.
Os 360 dias serão utilizados para fazer “testes in vitro e em vivo” de modo a que no futuro a patologia possa ter cura ou contar com um tratamento mais eficaz. Neste momento o que acontece é que “as terapias convencionais (quimioterapia, radioterapia e terapia dirigida) têm uma baixa eficácia nestes pacientes”, explica.
O trabalho da estudante passa por desenvolver “compostos totalmente dirigidos para as células cancerígenas não afectando as células saudáveis”. Um aspecto que até ao momento não tem ocorrido, o que se traduz na baixa taxa de pacientes curados. Ou seja, uma terapia mais eficaz e menos invasiva.
O projecto de Sofia Pinto está, neste momento, submetido para patente, uma vez que “os resultados, quando comparados com compostos já existentes no mercado, são muito promissores”.
Liga Portuguesa Contra o Cancro apoia 14 bolseiros
Fátima Soeiro, coordenadora da Delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro, refere que a atribuição desta bolsa é o culminar de uma parceria de excelência com já dois anos.
“É a cereja no topo do bolo. Primeiro, porque a investigação é essencial para chegarmos à cura do cancro da mama e em segundo lugar pois é uma vitória para a delegação que passa a ser um veículo importante para chegar a tratamentos eficazes e até mesmo à cura desta patologia”, afirma.
Já o presidente da Escola de Medicina, Nuno Sousa, destaca a “elevada qualidade das seis candidaturas apresentadas”. No entanto, esta proposta é “endereçada a uma necessidade emergente”. Para além disso, trata-se de um projecto apropriado para a bolsa em questão no que diz respeito às “dimensões temporais e orçamentais”.
Ora, o presidente Nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Veloso, realçou a necessidade de “descentralizar cada vez mais a investigação”. Para o presidente, esta bolsa espelha a “qualidade e visão que existe no norte”.
Vítor Veloso declara que a Liga, no seu todo, está a apoiar 14 bolseiros o que demonstra a “importância que a instituição dá às delegações em todo o país”.