Uma em cada 3 crianças são vítimas de bullying

“Um terço das crianças são vítimas de bullying”. Palavras de Paulo Costa, doutorando da Universidade do Minho que dedicou o seu trabalho académico a esta problemática. Um estudo que deu origem à recém-formada Associação Anti-Bullying com Crianças e Jovens. Os resultados da tese de doutoramento de Paulo Costa indicam que 37,1% das crianças e jovens auscultados foram vítimas de comportamentos agressivos. No que diz respeito ao género, não se verificam diferenças estaticamente significativas. “Neste estudo não há diferenças estatisticamente significativas”, acrescentou.

Quanto à tipologia, Paulo Costa lembra que o bullying pode acontecer das mais variadas formas. O investigador explica que, “tradicionalmente, no segundo ciclo, temos o bullying físico, a exclusão e o verbal. Aos 14 anos começa o bullying cibernético, ainda que as crianças não o assumam, o sexual, o verbal, a exclusão e, o menos frequente, o bullying físico”.

Hoje, 20 de outubro, celebra-se o Dia Mundial de Combate ao Bullying. Paulo Costa deixa um “exemplo simples” para definir este termo: “2 “uma brincadeira só o é quando os dois se divertem. Esta poderá ser uma maneira de passar a mensagem aos mais novos e explicar o que é o bullying”.

Ainda sobre este estudo, Paulo Costa não tem dúvidas de que a “vergonha” e o “medo” são os impulsionadores dos comportamentos agressivos. Segundo os dados do professor, “75% das vítimas de bullying não denunciam os casos, e esse é o grande problema”.