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“Há um enorme trabalho a realizar para tornar acessível a cultura aos cidadãos”
“Há muito para trabalhar” em relação ao acesso aos espaços e à participação cultural. É o que concluiu um questionário realizado pela Universidade Católica de Braga, sujos resultados foram apresentados esta quarta-feira, durante o lançamento do projeto ‘Empurrão Cultural’, da Fundação Bracara Augusta e CERCI Braga.
Entre os 104 moradores de Braga que responderam às questões, entre os meses de novembro e dezembro de 2023, mais da metade, 55,9%, visita os espaços culturais ocasionalmente ou apenas uma vez por ano. Para o presidente da Câmara Municipal de Braga, os resultados apresentados, indicam que há ainda “um enorme trabalho a realizar para tornar acessível a cultura, o património, os museus e os nossos monumentos aos cidadãos”.“É muito importante que haja estudos científicos sobre essas dinâmicas e que não seja apenas com o senso comum e no impirismo que tratemos estas matérias”, destaca.
O estudo refere ainda que, para 21,2%, os espaços culturais fazem parte da rotina pelo menos uma vez por semana, enquanto outros 21,2%, visita estes locais ao menos uma vez por mês. O percentual de moradores que não visitam nenhum espaço cultural fica em 1,9%. A representante do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa sublinha que estes números apontam que uma quantidade “expressiva” de cidadãos ainda não tem acesso aos equipamentos culturais e que “há ainda muito aqui para trabalhar”.
Entre as barreiras à participação cultural, ressalta Carla Cardoso, o estudo identificou que para 65,4% um dos motivos é a falta de tempo, já 50% atribuiu esta dificuldade aos custos associados. A falta de companhia é impedimento para 32,7% e a ausência de informação é apontado por 26,9%.
O inquérito identificou ainda que 10% dos moradores de Braga, que responderam, ainda não haviam visitado o Bom Jesus, “o que pareceu surpreendente”. Apesar disso, a representante da Universidade sublinha que quando questionados sobre quais os espaços que mais visitaram ou que já haviam estado pelo menos uma vez, o Monte do Bom Jesus foi a resposta principal, “naturalmente”. “Curiosamente, o mais visitado era o local que 10% ainda não conhecia”, sublinha.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Elsa Moura