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Um ano de mandato de Marcelo: a opinião de José Palmeira
Marcelo Rebelo de Sousa completa esta quinta-feira o primeiro ano de mandato como Presidente da República. O professor foi eleito à primeira volta, aos 67 anos, com 52% dos votos, e revolucionou a forma de estar em Belém ao cultivar uma relação de proximidade com os eleitores.
Para o docente da Universidade do Minho, José Palmeira, a presidência de Marcelo Rebelo de Sousa tem conferido importância ao cargo e está a “assinalar uma certa presidencialização do nosso sistema político”. “O Presidente da República tem tido um protagonismo que não é normal em Portugal”, diz. A centralidade do Presidente no sistema político deve-se, para o docente, ao facto de estarmos perante um Governo minoritário.
O Presidente tem, acima de tudo, contribuído para a estabilidade política em Portugal, “que se contrapõe ao clima de algum confronto da legislatura anterior”, diz José Palmeira. “Os dados económicos também têm sido favoráveis ao Presidente da República e, em primeiro lugar, ao Governo”, acrescenta.
“Afectos, proximidade, simplicidade e estabilidade” foram os princípios que definiu para Belém. Uma proximidade que tem dado força política a Marcelo Rebelo de Sousa. “O estilo é bastante diferente do anterior Presidente da República. A popularidade de Marcelo deve-se à proximidade junto das pessoas. É alguém que está permanentemente na agenda mediática e tudo isso dá-lhe uma popularidade que, julgo, nenhum Presidente teve no seu primeiro ano de mandato”, referiu.
Nos próximos três anos, o ritmo de Marcelo Rebelo de Sousa poderá abrandar, explica José Palmeira. “Marcelo está a ser igual a si próprio e isso significa que não é forçado e que dificilmente se irá alterar. Naturalmente, o ritmo poderá não ser tão intenso, já que a conjuntura política poderá alterar-se. O Presidente da República poderá ter que dar atenção a outros assuntos que o poderão levar, por exemplo, ao veto”, disse.