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Gualterianas voltam às ruas de Guimarães entre 26 de julho e 5 de agosto
Valorizar a tradição e a cultura local mantêm-se como dois dos objetivos das Festas da Cidade e Gualterianas. O cartaz de um dos eventos mais marcantes de Guimarães foi apresentado esta quarta-feira, na Associação Artística da Marcha Gualteriana.
Entre 25 de julho e 5 de agosto, as ruas da cidade vão receber, entre outros, artesanato, desfiles de grupos de bombos, apresentações de fado e de folclore tradicional. O vereador com o pelouro da cultura, Paulo Lopes Silva, sublinha que o festival conta todos os dias com “momentos de tradição”, que envolvem as associações representativas desse movimento de cultura popular. Ressalta ainda que para 2024, a presença das concertinas foi duplicada e que o evento foi reorganizado de forma territorial, “centralizando ainda mais os grandes momentos da festa”, nomeadamente com a deslocalização do palco principal dedicado aos grandes concertos da praça da Plataforma das Artes para o Largo do Toural.
Com uma tradição centenária, as Festas da Cidade e Gualterianas promovem a partilha de viências com “momentos de exaltação da cultura popular e tradicional” e “é preciso demonstrar que a cultura popular está muito viva e enraizada neste concelho”, explica Paulo Lopes Silva.
De modo a aglomerar um maior número de pessoas em segurança, a organização optou por colocar o palco principal no Largo do Toural onde está garantida música e diversão “para quem gosta de curtir até mais tarde” com concertos, seguidos de atuações de dj’s. No cartaz, Fernando Daniel sobe ao palco na noite de sexta-feira, Bárbara Tinoco, no sábado, e Zé Amaro, a fechar a programação, no domingo.
Marcha Gualteriana e Feira de artesanato em destaque
O ponto alto da festa decorre, a 5 de agosto, a partir das 22h00, com a Marcha Gualteriana, que vai colocar na rua nove carros alegóricos. Para este ano, explica o Presidente da Associação Artística da Marcha Gualteriana, José Pontes, o carro das ‘Balonas’, que tradicionalmente fecha o desfile, não irá utilizar o fogo com uma das apresentações, “por motivos de segurança”. José Pontes admite que, à semelhança do quem tem visto nos últimos anos, tem encontrado dificuldades em arranjar voluntários para ajudarem nos trabalhos de preparação dos carros e da marcha.
Entre 26 de julho a 5 de agosto, a 26ª edição da Feira de Artesanato vai reunir 40 expositores de diversas localidades do país, em atividades que vão “desde a cerâmica, a tecelagem, ao bordado e à escultura”, destaca a diretora artística de Artes Tradicionais d’A Oficina, Catarina Pereira. De acordo com a responsável, a novidade deste ano é a inclusão de oficinas de artesanatos direcionadas para as famílias.
A responsável afirma ainda que os artesãos também estarão a demonstrar o modo de fazer “para quem tenha mais interesse” em perceber sobre estas atividades. Recorda também que é preciso “fomentar esta pequena economia, preservando o património cultural português”.
“O retorno é seguramente maior do que o valor que é investido”
A abertura oficial das festividades acontece a 26 de julho, porém, uma semana antes, “a cidade começa a sentir” as atividades que marcam as Gualterianas de 2024, com a inauguração do Parque de Diversões, na Alameda Alfredo Pimenta. Paulo Lopes Silva ressalta que durante os 15 dias de atividades, “várias centenas de milhares de pessoas passam na cidade” num evento que conta com um investimento do município de cerca de 400 mil euros e que gera um “retorno seguramente maior”.
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança vai na mesma linha e afirma que a cultura tem “uma dimensão de ser um elemento transformador numa sociedade”. Para o autarca, o mais importante do festival “é a manifestação de uma cidade inteira na alegria e na festa”, em que a população é capaz de se ver refletida na sua cultura e raízes. “O investimento em cultura é sempre muito importante, independentemente do seu resultado económico imediato”, finaliza.
A programação completa pode ser encontrada no site oficial.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Elsa Moura