Trabalhadores não docentes em greve dia 29 de Novembro

Dia 29 de Novembro há greve nacional dos trabalhadores não docentes da escola pública. Entre as reivindicações centrais está a falta de pessoal nas escolas que coloca em risco a segurança dos alunos, problema que tem afectado muitos estabelecimentos de ensino de norte a sul do país.

Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, avisa que “a falta de pessoal é uma situação crónica de há vários anos a esta parte” e acusa o anterior e o actual governo de “não responder às solicitações feitas”.

“Muitas escolas não estão a funcionar a 100%, não está garantida a segurança de todos os alunos”, alerta o dirigente sindical. Artur Sequeira refere que, de acordo com o contacto directo com as escolas e com estudos realizados, são necessários pelo menos 6 mil novos trabalhadores. A federação defende ainda a recuperação e valorização da carreira destes trabalhadores. Artur Sequeira afirma que “actualmente as escolas são portas de entrada para a Administração Pública e quer o Ministério da Educação a assumir novamente a gestão de pessoal, entregue actualmente aos municípios. “As pessoas concorrem para as escolas e assim que criam um vínculo definitivo concorrem para outros locais da administração pública em que têm menos pressão”, denuncia o sindicalista, que refere que só aceitam qualquer descentralização “depois de um processo de regionalização”.

Desde o início do ano lectivo têm decorrido greves em diferentes escolas de norte a sul do país. A mobilização dos trabalhadores é grande, na opinião de Artur Sequeira, que está por isso confiante numa forte adesão à greve nacional do próximo dia 29 (uma sexta-feira).