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Trabalhadores do Hospital de Braga anunciam greve de dois dias
Os trabalhadores do Hospital de Braga vão fazer greve nos dias 10 e 12 de Março, em protesto contra a “discriminação inaceitável” de que consideram estar a ser vítimas em termos laborais, salariais e de carreira, anunciou esta terça-feira fonte sindical.
Segundo Orlando Gonçalves, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), as greves serão acompanhadas de manifestações frente ao Hospital de Braga, no primeiro dia, e junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa, no segundo.
Os protestos foram esta terça-feira decididos após um plenário que teve lugar no Hospital de Braga.
“O Hospital de Braga já é EPE [entidade pública empresarial] desde 01 de setembro mas o que é certo é que para os trabalhadores nada mudou. Não há ACT [acordos coletivos de trabalho] e, sem eles, não há igualdade salarial, não há as 35 horas, não há avaliação de desempenho que permita a progressão na carreira”, criticou Orlando Gonçalves.
O sindicalista apontou que os assistentes técnicos estão a ganhar 635 euros, o mesmo que os assistentes operacionais, quando nos restantes hospitais EPE o salário é de 683 euros. Disse ainda que há casos de trabalhadores acabados de contratar que ganham mais do que os que lá estão há uma década.
“Estamos a estudar esta situação do ponto de vista jurídico, porque nos parece inconstitucional e ilegal”, disse ainda Orlando Gonçalves, admitindo que pode haver matéria para uma ação em tribunal.
O líder sindical considera que não há “razão nenhuma” para, passados seis meses, os trabalhadores do Hospital de Braga estarem a ser “discriminados” e não aceita a “explicação” dada pelo Ministério da Saúde para a demora na aplicação dos ACT.
“Dizem-nos que é preciso aguardar pela autorização do Ministério das Finanças, mas nós não queremos saber se a culpa é de A, B ou C. O que queremos é que o Governo resolva a situação já”, sublinhou.
Contactado pela Lusa, o Hospital de Braga remeteu para um comunicado emitido em 10 de Fevereiro, em que refere que está a “ultimar” o procedimento de adesão aos acordos coletivos de trabalho, para universalizar o horário de 35 horas semanais e garantir as atualizações salariais.
O hospital sublinha que o objetivo último é “garantir a igualdade” entre os profissionais, valorizando e motivando os profissionais.
“Neste momento, está a ser ultimado o procedimento de adesão a estes acordos [colectivos de trabalho], tendo sido previsto no orçamento de 2020 os respetivos impactos financeiros, quer das atualizações salariais, quer da necessidade de recursos necessários com a passagem do horário normal de trabalho para as 35 horas semanais”, lê-se no comunicado