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Trabalhadores da Bosch reúnem-se em protesto
Manhã de protesto na Bosch. Cerca de uma centena de trabalhadores esteve reunido numa manifestação onde o mote se centrou na melhoria das condições laborais e salariais. O caderno reivindicativo voltou a estar em cima da mesa e apesar do crescimento económico da empresa nos últimos anos, os trabalhadores não reconhecem que a sua situação está, também ela, a melhorar. Rosa Gomes, uma das trabalhadoras da Bosch, salienta que o motivo do protesto desta manhã se prende com “o descontentamento dos trabalhadores com o salário, as condições e ritmos de trabalho, assim como a discriminação e pressões que existem ao longo do dia na produção”.
Desta forma, os trabalhadores “reivindicam um euro de salário por dia, a redução do horário de trabalho, porque 40 horas é muito violento, reivindicam subsídios para todos os trabalhadores porque a empresa discrimina os trabalhadores mais novos em relação aos mais antigos, reivindicam um subsídio de refeição porque a cantina não faz jus às necessidades do trabalhador”. Rosa Gomes lembra ainda que os trabalhadores pretendem, acima de tudo, “o fim da precariedade e à discriminação”.
Já Maximiliano Pereira, da comissão de trabalhadores, pede mais respeito pelos funcionários da empresa. “Principalmente exigimos respeito, um salário melhor. Quando nos perguntam onde trabalhamos e dizemos que é na Bosch, as pessoas pensam que ganhamos bem. É mentira até porque há muitos trabalhadores que têm os salários congelados à muitos anos”.
Trabalhadores que mantém a luta desde há alguns meses. Até porque a resposta da empresa não existe, salienta Maximiliano Pereira. “As condições de trabalho são precárias, os espaços de trabalho são reduzidos, temos ritmos de trabalho acelerados. Estamos numa situação complicada. Os trabalhadores, com greves sucessivas, já tem feito esta luta desde Junho. Assumimos que depois das férias iríamos retomar a luta, até porque a empresa já tinha assumido que, para eles, não haveria espaço para mais negociação”.
Os trabalhadores acreditam que a empresa pode ficar sensibilizada com esta acção dos trabalhadores. Se a administração ceder em dois ou três pontos do caderno reivindicativo, os trabalhadores garantem que ficam satisfeitos.