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Trabalhadores contestam venda do Edifício do Castelo
Um grupo de trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) manifestou-se, ao início da tarde, contra a venda de parte do edifício do Castelo, em Braga. No local trabalham perto de 20 funcionários que ainda não foram informados oficialmente sobre a mudança de instalações. Desempenham funções nas áreas de engenharia, construção, estradas e atendimento ao público.
Os funcionários contestam a venda de património. Fernando Semblano, coordenador da comissão de trabalhadores, reconhece que a valorização do espaço “é importante”, no entanto a administração “não dá uma palavra à comissão de trabalhadores” e a relação entre as duas partes “há muito que se tem vindo a deteriorar”. Oficialmente, os trabalhadores não sabem para onde e quando vão mudar de local de trabalho, mas apenas que “a intenção é vender”. Aliás, a comissão de trabalhadores considera que a venda vai unicamente “continuar a favorecer as parcerias público-privadas”.
Depois de vendas em Lisboa e Vila Real, e agora em Braga, a comissão de trabalhadores compara a Infraestruturas de Portugal a “uma empresa imobiliária” com uma administração “perita em querer vender património e fazer negócios ruinosos”. Dando como exemplo o negócio em Vila Real, Fernando Semblano explicou que “o património foi vendido e ao mesmo tempo arrendado à pessoa que o comprou”, daí que os trabalhadores denunciem que estas vendas “não trazem nada de bom para a empresa”.
Sobre os 900 mil euros base de licitação para a venda do edifício da Infraestruturas de Portugal em Braga, o porta-voz referiu que o valor “dava para desbloquear as diuturnidades que estão congeladas aos trabalhadores da empresa”.
Para Fernando Semblano, as fracas condições do edifício não passam de uma “desculpa” da Infraestruturas de Portugal para a venda, isto porque “só chegou a estas fracas condições porque não teve manutenção ao longo de muitos anos”.
Ainda que não seja oficial, os trabalhadores deverão passar para um edifício nos arredores da estação da CP, em Braga.
Infraestuturas de Portugal estará a preparar venda em Viana do Castelo
Para além da venda de parte do edifício do Castelo, a Infraestruturas de Portugal estará a preparar outras vendas. “Vai-nos soando por trás da cortina que tencionam fazer o mesmo em Viana do Castelo, em Darque”, adiantou o coordenador. Denunciar, avisar e continuar a insistir com o Governo para reunir foram outras garantias deixadas pelos trabalhadores. Fernando Semblano avisou que está tudo “exactamente igual” ao que estava com o anterior executivo.