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“TGV não dá resposta à vida diária dos cidadãos que se deslocam entre Braga e Guimarães”
O executivo municipal de Braga diverge quanto à realização de um estudo para a ligação por via ferroviária entre Braga e Guimarães. O PS apresentou, esta semana, um projeto de resolução recomenda a análise de novas ligações, como Braga – Guimarães, e a eletrificação total da rede com a implementação de sistemas automáticos de controlo de comboios até 2030, além da acessibilidade dos portos e fronteiras a comboios de mercadorias de 750 metros.
O assunto foi levantado, ontem, na reunião de Câmara, pela CDU.
Vítor Rodrigues defende que o TGV é “um investimento estrutural e estratégico para o país”, mas “para os cidadãos do quadrilátero e, sobretudo de Guimarães e Braga, faria todo o sentido apostar-se numa ligação rápida ferroviária entre as duas cidades”. “O TGV não dá resposta nenhuma à vida diária dos cidadãos que se deslocam entre Braga e Guimarães”, explicou. O vereador da CDU defende ainda que esta solução seja “integrada numa perspetiva de intermodalidade com o transporte rodoviário público”. “Se pensarmos naquilo que já existe nas outras áreas, como a área metropolitana do Porto e de Lisboa, é de toda a justiça que exista também no distrito de Braga”, finalizou.
Do lado do PS, Artur Feio frisou que a ligação por BRT entre Braga e Guimarães faz parte do compromisso eleitoral dos socialistas assumido com os bracarenses e que a mesma pode ser feita em simultâneo com a linha de alta velocidade. “Aquilo que nós achamos é que naturalmente isso pode ser feito em consonância e ao mesmo tempo”, denotou.
Já o presidente da Câmara, Ricardo Rio, diz que enquanto a linha de alta velocidade não for uma realidade, tudo o resto é dispersar atenções. “O primeiro interesse estratégico para o concelho de Braga é a concretização do projeto da linha de alta velocidade”, frisou. Para o autarca, “do ponto de vista mais micro e de proximidade”, há uma “solução que foi apadrinhada pelo governo socialista, que foi reconhecida pelo quadrilátero como uma boa solução, que era a de estender o BRT dos diversos concelhos para as ligações intermunicipais”. “O concelho de Guimarães recebeu um milhão de euros de financiamento do fundo ambiental para estudar essa mesma ligação e não faz sentido estarmos a desperdiçar esse dinheiro noutras alternativas imediatas”, atirou.