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Taiwan/Eleições: Independentista William Lai vence presidenciais 

O candidato do Partido Democrático Progressista (DPP), Lai Ching-te (também conhecido como William Lai), foi eleito Presidente de Taiwan, onde decorreram este sábado eleições presidenciais e legislativas, num momento marcado por tensões diplomáticas com a China.

Lai Ching-te, que ocupava o cargo de vice da presidente Tsai Ing-wen e que já passou por vários cargos políticos na ilha ao longo dos anos, chega agora ao cargo mais importante: o de Presidente.

Apesar de se ter descrito como um “trabalhador prático para a independência de Taiwan”, Lai afirmou que a sua prioridade é a segurança do território, comprometendo-se a preservar o statu quo e a assegurar o diálogo com Pequim.

Durante acorrida eleitoral, Lai prometeu trabalhar em colaboração com os Estados Unidos para reforçar as defesas de Taiwan, numa altura em que a confiança entre a China e os EUA está fragilizada e em que se tem verificado uma escalada do assédio militar chinês.

Hou Yu-ih, do Kuomintang (KMT), que era o seu principal opositor, admitiu este domingo a derrota, ainda durante a contagem dos votos – Lai regista já mais de cinco milhões de votos e Hou tem quatro milhões – e agradeceu aos apoiantes no seu comício e felicitou William Lai.

“Espero que todos os partidos possam enfrentar os desafios de Taiwan. Precisamos de uma Taiwan unida”, afirmou.

“Temos muitas questões e problemas, precisamos de um governo que os resolva e precisamos de um governo que também sirva os seus jovens. Se o KMT avançar, seremos mais fortes… e daremos grandes saltos em frente”, acrescentou.

Pouco depois de o KMT ter reconhecido a derrota na corrida presidencial, Ko Wen-je, do recém-criado Partido Popular de Taiwan (TPP) também cedeu, reconhecendo a vitória do candidato do DPP.

Nos últimos oito anos, Pequim tem sido muito crítica em relação à atual líderança de Taiwan, por Tsai Ing-wen, mas a preocupação é que Lai possa ir ainda mais longe do que Tsai com Pequim. Os apoiantes de Lai defendem que o verdadeiro perigo está numa presidência do KMT, por temerem que a China não se contente com uma aproximação e que empurre Taiwan para a unificação.

Por outrora se ter assumido como um defensor da independência de Taiwan, Lai tem sido considerado um “agitador” por parte da China, apesar de agora o recém-eleito presidente defender esforços do Partido Democrático Progressista para manter a paz com Pequim.

A China tinha alertado, por isso, para o “perigo sério” da eleição de William Lai para o processo de paz, apelando anteriormente a que os eleitores fizessem “a escolha certa”, sugerindo que o KMT “prometia” melhores laços e paz no Estreito de Taiwan.

“Espero sinceramente que a maioria dos compatriotas de Taiwan reconheça o perigo extremo da linha de ‘independência de Taiwan’ do DPP e o perigo extremo de Lai Ching-te desencadear confrontos e conflitos através do Estreito, e que faça a escolha certa”, referia um comunicado do gabinete chinês para os Assuntos de Taiwan.

O antigo médico de 64 anos, formado em Harvard, tomará posse em maio, prolongando o governo de oito anos do seu partido para um terceiro mandato sem precedentes. Esta é a terceira vitória consecutiva do DPP e desde a democratização, nos anos ’90, que nunca um partido esteve tanto tempo seguido no poder.

c/RR

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