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STAL: “Adesão à greve está a ser surpreendente”
A maioria dos trabalhadores da câmara e empresas municipais de Braga aderiram, hoje, à greve contra a desigualdade na aplicação do horário de trabalho semanal. Em causa está a aplicação das 35 horas aos trabalhadores que têm vínculo à função pública e das 40 horas a quem possuiu um contrato de regime privado.
O primeiro sinal do êxito da greve convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) foi dado no sector da higiene e limpeza nocturna do concelho (AGERE), onde a adesão foi superior a 50%.
Já os Transportes Urbanos de Braga registaram uma adesão de 96% dos trabalhores, “ultrapassando todas as expectativas”.
“Até agora os dados da greve são surpreendentes. Pela manhã, apenas quatro de cem autocarros saíram das instalações dos TUB, ou seja, 96% dos trabalhadores aderiram à greve”, referiu o dirigente do STAL, Baltazar Gonçalves.
Os números de adesão à Greve nos Transportes urbanos de Braga (TUB) foi confirmado à RUM, por Teotónio Santos, administrador da empresa municipal, que justificou a utilização dos dois tipos de contratação (pública e privada): “Os TUB concorrem com a TRANSDEV, a AVIC, que trabalham oito horas por dia, 40 horas por semana, ou seja, nós não actuamos num mercado cativo, como tal temos que conseguir concorrer com essas empresas. Uma vez que a prática das 35 horas implica um aumento do trabalho extraordinário – porque o serviço tem de ser assegurado de igual forma aos nossos clientes – temos que pagar esse trabalho extraordinário para completar o serviço. As 40 horas são importantes para concorrer com outros operadores”.
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local tem uma opinião diferente: “a reposição das 35 horas deve abranger todos os trabalhadores do universo municipal, independentemente do vínculo”.
“Temos que prosseguir com esta luta contra a discriminação entre os trabalhadores municipais. Esta discriminação tem que parar. É gritante aquilo que se passa com os trabalhadores: fazem o mesmo serviço, mas uns trabalham 35 horas e outros 40 horas, mas quando se fala em cortes, aí são todos iguais”, frisou o dirigente sindical.