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Sistema PAYT no Centro Histórico não tem sido bem recebido

Os moradores do Centro Histórico de Guimarães não estão satisfeitos com sistema PAYT (pay-as-you-throw). O sistema, único no país, funciona desde de Dezembro de 2015 e permite aos cidadãos e empresários do Centro Histórico só pagarem o lixo que produzem. Para isso, cada habitação e cada morador ou comerciante utiliza sacos próprios para a deposição do lixo doméstico. Quantos menos sacos utilizam, menos pagam.

Amadeu Portilha, vereador dos Serviços Urbanos e Ambiente em Guimarães, explicou que, contas feitas, os moradores do Centro Histórico pagam menos do que os vimaranenses que habitam fora daquela zona. Na verdade, “o que as pessoas  ainda não perceberam é que o saco do lixo que a Câmara Municipal vende é a tarifa”. “Esse saco de lixo tem que ser adquirido porque é através dele que controlamos aquilo que as pessoas produzem”, diz o vereador.


Na prática, de acordo com a Câmara Municipal de Guimarães (CMG), quem vive ou trabalha no Centro Histórico, paga, de taxa fixa, 1€. Os restantes pagam 2.45€. Quanto à tarifa variável, para os residentes do Centro Histórico, a tarifa variável é o saco, que custa 0.35€. O saco é de 30 litros e dura, em média, para uma família de três pessoas, uma semana. Se comprarem quatro sacos por mês, dá um total de 1.40€. Os restantes pagam, também em média, 2,30€. 


Contas feitas, somando as duas taxas, na totalidade, quem vive no Centro Histórico paga 2.40€. Quem vive fora paga 4.75€. Amadeu Portilha explica que, na realidade, “muitas pessoas estavam habituadas a colocar o lixo todos os dias na rua. Compram um saco e com uma reduzida quantidade de lixo, colocam o saco na rua. Resultado: a tarifa variável é mais elevada”.


A CMG tem tentado combater a “desinformação” existente no Centro Histórico.  “Procuramos,  permanentemente, em qualquer fórum, reuniões, e mesmo em contacto com funcionários, explicar como funciona o sistema. Há uma resistência, seja por idade ou por teimosia. Ainda assim, acredito que o sistema irá funcionar e que este é o futuro da gestão do sistema de resíduos em Guimarães, Portugal e no mundo”, afirmou Amadeu Portilha.


Ainda assim, o executivo fará uma pequena alteração no sistema para facilitar na utilização do PAYT. Em vez de haver apenas sacos de 30 e 50 litros, passarão a existir também sacos de 15 litros. Custarão metade do valor do de 30 litros. “Reconheço que algumas casas do Centro Histórico, pela tipologia, são habitações que não permitem manter o lixo dentro de casa muito tempo”.


A questão surgiu pelo vereador da CDU. Torcato Ribeiro revelou que mais de 70 moradores e comerciantes do centro histórico reuniram para debater esta temática. “Houve uma participação relativamente significativa. Têm surgido alguns embaraços e problemas porque as pessoas ainda não se adaptaram. Todos sabemos que é muito difícil alterar comportamentos, principalmente quando a população é mais idosa”, referiu o vereador.


Torcaro Ribeiro afirmou ainda que a CMG tem que esclarecer os vimaranenses- “As pessoas queixam-se que o método não funciona e é caro. É preciso esclarecer para que as pessoas percebam bem o processo”.

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