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Sindicato do Ensino Superior considera “grave e um erro” não haver secretário de Estado para o setor

O presidente do Sindicato do Ensino Superior, José Moreira, considera “grave” não haver um secretário de Estado dedicado às universidades e politécnicos.

Em entrevista à RUM, o sindicalista lamentou a decisão do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que diz ser “um erro”. “O facto de não ser anunciada uma secretaria de Estado do Ensino Superior indicia que o setor está a perder peso na orgânica do Governo”, afirmou.

José Moreira fala de uma mega ministério que “não só diminui a importância política do Ensino Superior, porque deixa de ter assento direto no Conselho de Ministros, como têm problemas graves de gestão”. “Na altura do ministro Nuno Crato, o super ministério tinha bastantes dificuldades de gestão de todos os dossiês, porque são complexos, diversos e em grande volume”, lembrou.

Ainda assim, o sindicato, não sabendo “a orgânica do Ministério e como é que ele vai funcionar, dá algum benefício de dúvida à nova equipa”.

Este sindicato prepara-se para pedir “nos próximos dias uma reunião” com o novo ministro, Fernando Alexandre, de quem esperam “capacidade negocial com todos os parceiros do Ensino Superior e da Ciência”. “Há em cima da mesa uma série de dossiês que importam resolver, como as questões ligadas ao financiamento e ao alojamento estudantil, mas também da precariedade entre os investigadores, que é de 90%, e entre os docentes, em que temos metade dos professores convidados, que têm relações de trabalho precárias”, começou por anunciar. José Moreira denotou ainda “o crescimento de uma situação de mal-estar, que é a questão dos salários”. “Os docentes e os investigadores, nos últimos 20 anos, perderam 30% do seu poder de compra, ou seja, nós perdemos um salário em cada três e está a tornar-se completamente insustentável”, acrescentou.

As questões da avaliação do desempenho, “que neste momento não estão regulamentadas para o caso da carreira de investigação” é outro problema que o Sindicato espera que seja “uma das primeiras medidas que o ministro clarifique”. José Moreira explica que os docentes universitários são “a única profissão no país que, para progredir e mudar de escalão, é necessário ter seis anos consecutivos de avaliação máxima”. 

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