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SGEB: oposição não acredita na poupança anunciada

Os vereadores do PS e CDU alertam Ricardo Rio de que “não é sério” falar-se de uma poupança de 90 milhões de euros com a internalização da SGEB.

Esta segunda-feira, depois de votada a proposta na reunião de Câmara em que CDU e PS se abstiveram, ficaram vários alertas da oposição que considera que o actual executivo está a referir valores que deverão ser substancialmente inferiores.

O processo de internalização da SGEB não foi sujeito a votação seguindo directamente para a Assembleia Municipal da próxima sexta-feira, no PEB.

CDU não acredita na poupança apregoada por Ricardo Rio


Carlos Almeida, da CDU, sublinha que a câmara já gastou 26 milhões de euros só com rendas entre 2010 e 2016 e não acredita nos números de poupança avançados pela autarquia, até pelos novos encargos que esta internalização implica, nomeadamente na realização de obras que ainda faltam concretizar. O comunista, que referiu que a abstenção “é uma questão de princípio”, diz não estar descansado, entre outras razões, porque o valor da indemnização aos privados foi remetido para o tribunal arbitral ou por se desconhecerem os projectos que serão realizados por estarem ainda em falta no acordo de parceria.  Por isso, o comunista considera que “as contas não são tão fáceis e transparentes como foram apresentadas” pela gestão da coligação Juntos por Braga. A CDU promete “acompanhar o processo” também pelos custos de manutenção que passarão para a esfera municipal. “Temos receio que a poupança seja de facto de todos estes milhões (…) não é sério falar-se num valor de poupança de 90 milhões de euros, iludindo os bracarenses”, defendeu o vereador comunista.

Já o Partido Socialista (PS), que criou a SGEB, absteve-se na votação. O sentido de voto “é apenas por desconhecer o valor da poupança para o município”.

Os socialistas dizem concordar com a proposta, na medida em que é anunciada uma poupança para os cofres municipais, mas alertam que se desconhecem os pormenores de todo este processo tendo também dúvidas sobre õ valor da poupança anunciada.

Gil Sousa, vereador socialista assegura que o PS “concorda com a posição do actual executivo se isso permitir menos prejuízo para os cofres da autarquia”.

Ainda assim, Palmira Maciel recordou a importância dos equipamentos construídos pelos executivos anteriores (PS) através da SGEB que permitiram a promoção do desporto por todo o concelho, hoje “dotado com pavilhões e campos desportivos que também contribuíram para a conquista do título de Cidade Europeia do Desporto 2017”.

“Extinção da SGEB é a medida do mandato” – Ricardo Rio

Ausente no momento da conferência de imprensa depois da reunião de câmara, o presidente do município reafirmou à RUM que “a extinção da SGEB é a medida deste mandato” e que a poupança de quase 90 milhões é defendida num estudo solicitado pelo município a uma entidade credível. Ricardo Rio refere que “o factor que fica fora de certeza é o processo arbitral que irá decorrer com os parceiros privados, em que reivindicam uma margem de lucro das obras não realizadas e uma correcção da taxa de actualização do valor final da sociedade”. Ainda assim, lembra que “vão representar um valor inferior em larga escala a esta poupança absolutamente expressiva” que vai ter impacto no presente e no futuro “de forma significativa”.

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