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Salvador. “SC Braga não abdica de ser uma voz ativa no futuro do futebol e do desporto”
Apontar caminhos, debater o futebol do futuro e o envolvimento dos mais jovens no desporto. Estes são alguns dos temas que estão em debate no Future Stage, que arrancou esta quarta-feira, na AMCO Arena, o pavilhão de modalidades do Sporting Clube de Braga. O evento, que reúne especialistas de várias áreas para a discussão do rumo da indústria do futebol, termina esta quinta-feira, pelas 17h00, com a intervenção do presidente do Município de Braga.
Durante a cerimónia de abertura, esta quarta-feira, o presidente do clube minhoto, alertou para o facto de a fórmula aplicada no passado poder não garantir um futuro de sucesso e que “o Sporting Clube de Braga não está fechado sobre si mesmo”. Para António Salvador, o encontro é resultado de um clube que “não abdica de ser uma voz ativa e relevante nas grandes decisões e discussões sobre o futuro do futebol e do desporto”. Destacou também que ter instalações de referência “permite ao SC de Braga ter eventos como este”.
Presente também no painel de abertura, o secretário de estado do Desporto, Pedro Dias, provocou a audiência ao questionar que futebol e estádios Portugal quer ter no futuro, como fomentar a oferta de prática de desporto por parte de mulheres e de pessoas com deficiência e como manter os clubes competitivos. Conseguir medir o impacto do desporto na sociedade é outra das preocupações do novo governante com um passado profissional ligado à Universidade do Minho. “Ter um modelo de Social Return on Investment, que nos permita medir de forma regular aquilo que é o impacto do desporto na economia, na sociedade e na saúde, é indispensável para nos ajudar a auxiliar a tomar a decisão”, apontou.
No último ano no comando da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes aproveitou o espaço para fazer um balanço dos avanços conseguidos na associação que comanda desde 2011. Segundo o dirigente, Portugal “ganhou como nunca no futebol, futsal e futebol de praia” na última década, e ainda formou mais “treinadores, árbitros e, sobretudo, dirigentes”.
Porém, alertou que, sem um “futebol profissional saudável, não haverá capacidade para investir na formação”, e assim, a médio prazo, “clubes e seleções sofrerão”. Sublinhou ainda que, só com um futebol profissional “poderoso, equilibrado e atrativo, o país vai ser capaz de afirmar-se no ranking da UEFA”.
Para o presidente da Liga Portugal, a época 2023/24 foi resultado do trabalho realizado em conjunto “ano após ano” para a recuperação da “solidez económica essencial para as sociedades desportivas”. Fernando Gomes avançou que os estádios portugueses receberam mais de quatro milhões de adeptos, o que representou um aumento de “mais de 10% relativamente à temporada anterior”.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Elsa Moura