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Rio desvaloriza grupos que pedem suspensão do S.Geraldo
O presidente da Câmara Municipal de Braga voltou hoje a referir que a proposta apresentada pela Arquidiocese de Braga para o cinema S. Geraldo vai avançar e não há nada que a Câmara Municipal de Braga possa fazer.
Muitas têm sido as críticas de políticos da cidade, mas também de conjuntos de cidadãos que começam a surgir, nomeadamente com plataformas em redes sociais.
Tal como avançou em primeira mão a RUM, os vereadores socialistas e o vereador comunista na oposição no executivo bracarense vão avançar com uma proposta conjunta na próxima segunda-feira, em sede de reunião de câmara. Pedem a suspensão do projecto que a Diocese quer desenvolver para que, ao longo de três meses, o futuro do S. Geraldo seja discutido com os bracarenses.
Carlos Almeida, vereador da CDU, foi o primeiro a explicar o que pretendem os dois partidos, ou seja, “a suspensão do processo para promover o debate e a Câmara tomar iniciativa na salvaguarda da sala de cinema, enquanto espaço de memória colectiva da cidade”. O vereador da CDU discorda da ideia de “preservar apenas as fachadas” e reforça a necessidade de se “poder salvaguardar aquilo que tem interesse cultural e social para a população e para a cidade”.
O vereador da CDU deixa críticas ao posicionamento de Ricardo Rio e do seu executivo nesta matéria considerando que “está a dar uma cambalhota política, mudando completamente de opinião” em relação ao que dizia na oposição.
Também em declarações à RUM, o vereador socialista Hugo Pires afirma que os dois partidos não estão a propor “nada que seja absolutamente absurdo”. Querem que “associações, os cidadãos e as plataformas, que estão neste momento a tentar encontrar uma solução, se sentem à mesa com a Arquidiocese, com o investidor e com o município, e se tente, de uma forma civilizada e urbana, encontrar soluções que salvaguardem o património e que vão, de alguma forma, de encontro às pretensões de quem é proprietário e tem todo o direito de tentar rentabilizar aquele edifício”.
Ricardo Rio acusa oposição de “andar a reboque das redes sociais”
Em reacção às movimentações mais recentes, nomeadamente a proposta que PS e CDU vão apresentar segunda-feira, Ricardo Rio fala numa “oposição que anda um pouco a reboque das redes sociais, e ainda por cima de minorias de redes sociais”. Para além disso, o autarca considera que é “uma iniciativa um pouco retardada no tempo”, não só “pelos vinte anos em que o PS foi governo da câmara e poderia ter tomado qualquer iniciativa”, mas “sobretudo da posição já expressa pelo próprio Arcebispo, esta semana, de que o processo se encontra num estado de tal maturidade que é praticamente irreversível e, portanto, não há qualquer tipo de disponibilidade da Diocese, que é quem a teria de deter para alterar o projecto”.
Além disso, o autarca frisou que o executivo considerou que “não era prioritário interferir em relação à execução do projecto, a prioridade era regenerar o espaço e esse objectivo está-se a concretizar”.
Ricardo Rio garante que “do ponto de vista do licenciamento e da salvaguarda das questões patrimoniais, elas serão escrupulosamente acauteladas”.
Entre o edifício S. Geraldo e o Shopping Santa Cruz vai ficar instalada a União de freguesias de S. Lázaro e S. João de Souto, através de um contrato de arrendamento.