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Representantes de áreas Metropolitanas da Europa discutem desafios em Braga
Exemplos de ligação entre o urbano e o rural vão estar em discussão em Braga, até quarta-feira, no âmbito da Conferência de Outono da METREX, uma rede europeia com mais de 50 representantes de áreas metropolitanas. O encontro arrancou hoje no Museu D. Diogo de Sousa com a presença de dezenas de participantes ligados a diferentes estruturas um pouco por toda a Europa.
A Ministra da Coesão Territorial esteve na sessão de abertura, onde ressalvou a partilha de conhecimento para o desenvolvimento das diferentes regiões do país, abordando até a própria questão da CIM Cávado, que no Portugal 2030 dá especial enfoque aos projetos de ciência e tecnologia na resolução de questões como a sustentabilidade ambiental e a própria digitalização.
Após a sessão de abertura e em declarações aos jornalistas, a governante assumiu que é “muito importante que haja união entre os presidentes de câmara da Europa no que concerne à aplicação de fundos europeus para a resolução de problemas, nomeadamente na ligação entre as realidades urbanas e rurais”.
Ana Abrunhosa lembrou também que é preciso “prestar a devida importância à agricultura e à floresta”, numa altura em que os territórios rurais se tornam cada vez mais atrativos para empresas apostadas na produção de energias limpas. A governante deu como exemplo o objetivo da CIM Cávado que, no Portugal 2030, optou por “dar especial atenção aos projetos de ciência e tecnologia para estudar a resolução de problemas destes territórios”. Falou também da digitalização nos territórios urbanos, desafios no âmbito da literacia digital e no plano demográfico. “São problemas importantes e estamos num momento em que a boa utilização das verbas comunitárias vai ser fundamental”, antecipa.
A ministra referiu a importância da proximidade entre o urbano e o rural, comparando até com as caraterísticas da Comunidade Intermunicipal do Cávado que “conjuga territórios bastante urbanos e rurais com problemas específicos” e que procura “fazer uma interligação para explorar todo o potencial do território com ligação à academia”.
“Uma oportunidade para explorar bons exemplos, nomeadamenta na mobilidade” – Ricardo Rio
O presidente do município de Braga e líder da CIM Cávado, Ricardo Rio assinala que a diversidade deste território permite apresentar bons exemplos, mas também adquirir novos conhecimentos. O anfitrião da sessão disse que é preciso “aproveitar para fazer valer questões prioritárias para a própria CIM”, nomeadamente a ligação entre o urbano e o rural, “um dos grandes temas em discussão a nível europeu”, sendo até uma questão “muita crítica para a CIM Cávado que tem uma diversidade e heterogeneidade de territórios muito significativa”.
O autarca social democrata diz ainda que na escala da CIM Cávado “há muitos desafios na área da mobilidade”.”Temos um longo processo para recuperar porque, infelizmente, a questão da mobilidade nunca foi das prioridades nacionais para este território”, criticou, antevendo como próximos passos nesta matéria a promoção de estudos para novas soluções de mobilidade no quadrilátero urbano, financiados pelo estado central.
“Desafios dos territórios exigem inovação e cooperação” – António Cunha
Já o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte), António Cunha apontou entre os principais desafios dos territórios a adaptação climática, a produção e consumo de energia, digitalização, migrações e desigualdades, aspetos que exigem “inovação e cooperação”. Nesta medida, a escolha de Braga para o acolhimento desta conferência foi “muita boa”, uma vez que “é o centro metabólico do terceiro grande agrupamento urbano do país, um território muito marcado por uma grande interpenetração entre o rural e o urbano”.