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Redução do tarifário da AGERE é “medida eleitoralista”
A redução de 2,5% no tarifário da AGERE que será apresentada, discutida e votada esta segunda-feira em reunião de Câmara é, para Carlos Almeida, uma medida populista do executivo municipal bracarense. O vereador comunista, no programa Praça do Município deste fim-de-semana, criticou a administração da AGERE e explicou que esta redução, comparada ao ano de 2013 – quando este executivo entrou em funções – nada significa para os bolsos dos bracarenses. “Isto não se traduz numa grande perda para os cofres da AGERE. Dando-se esta redução não é possível dizer-se que esta administração da AGERE e esta maioria na Câmara acabam o mandato com a água mais barata do que quando começaram”.
Carlos Almeida explicou que “a água e os serviços prestados pela AGERE aumentaram nos dois primeiros anos, ainda que não tenha sido um aumento tão grande como nos anos anteriores, e no terceiro ano estabilizou”. “Não venham atirar areia para a cara dos bracarenses até porque os bracarenses vão acabar o ano de 2017 a pagar os serviços da AGERE e a água mais do que em 2014”, referiu o vereador comunista que, ainda assim, se mostrou satisfeito pela diminuição das tarifas.
Uma opinião contrária tem o comentador do CDS-PP, Carlos Neves que afirma que esta redução só é possível, precisamente devido à gestão rigorosa da AGERE. “Desde há três anos para cá houve o método de fazer mais com menos ou fazer mais, pelo menos, com o mesmo. E fazer mais é tornar a empresa eficiente”, considerou o centrista que fez questão de lembrar que “nas empresas de águas e resíduos do país, a AGERE é a que apresenta melhores resultados”.
Carlos Neves assumiu o imperativo de um controlo rigoroso da empresa até porque, considerou, “tem que haver rigor, controlo e excelência para uma empresa pública para não dar prejuízo”. Neves frisou ainda que espera que esta redução de 2,5% se mantenha para lá de 2017.
Já Carlos Almeida lembrou que poderia ser feito muito mais pela AGERE e afirmou que esta redução só acontece à custa da diminuição da qualidade dos serviços prestados pela empresa. “Não fazem favor algum aos utentes com esta ligeiríssima redução. Bem podem dizer que estão a fazer uma gestão eficiente e que é à custa disso que têm grandes lucros, mas não convencem. Esses lucros são à custa, entre outras coisas, do serviço e higiene urbana que é desastroso”, considerou. Este é um ponto que, para Carlos Neves, deve ser revisto pela actual administração da AGERE.