Reabilitação do Bairro de Santa Tecla custa quase 3 milhões

A Câmara Municipal de Braga apresenta quinta-feira a reabilitação integral do Bairro de Santa Tecla. O investimento da BragaHabit para os bairros sociais de Santa Tecla e Enguardas ronda os 4.4 milhões de euros. O bairro de Santa Tecla fica com a maior fatia (quase três milhões de euros). Grande parte da verba será para os prédios habitacionais.

O concurso público deverá ser lançado nas próximas semanas, disse ontem o presidente do município. À margem da reunião de câmara, Ricardo Rio explicou que a obra a cargo da BragaHabit no bairro de Santa Tecla

 “terá também uma componente de arranjos exteriores a cargo do próprio município”. O mesmo acontecerá dentro de algumas semanas no bairro das Enguardas “que está em fase final de conclusão das respectivas peças”, acrescentou.

Demolição do bairro dos Falcões continua atrasada

A demolição do bairro dos Falcões era apontada para o final de Março, mas a BragaHabit ainda está a terminar as negociações “a bem” com alguns dos moradores. Conversações que se prolongaram no tempo, tinha já lamentado à RUM o administrador Vítor Esperança. A primeira previsão de esvaziamento do bairro apontava para o final de 2016, mas várias famílias dificultaram o processo, levando a BragaHabit a prolongar os prazos na tentativa de um entendimento cordial.

O bairro dos Falcões será demolido ainda em Abril, estima o edil. Questionado pelos jornalistas, Ricardo Rio admitiu, novamente, que o realojamento das famílias ainda não foi concluído. “Estão a fechar-se os últimos acordos, mas julgamos que nas próximas semanas teremos o processo completamente fechado, até porque tem sido possível chegar a entendimento amigável com todas as partes”, começou por explicar, acrescentando que a demolição deverá ocorrer no mês de Abril. 

Alguns dos moradores foram deslocados para a Praceta Padre Sena de Freitas e outros deverão seguir para o mesmo local onde a BragaHabit arrendou vários apartamentos precisamente com essa finalidade. Uma decisão que em 2016 conheceu avanços e recuos face à contestação dos moradores da referida praceta que temem a criação de um novo gueto.