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Quem é quem em Guimarães? Os candidatos à Câmara Municipal
Quatro homens rivalizam pelo lugar de presidente do município de Guimarães. Domingos Bragança tem a seu favor a história, mas “Juntos Por Guimarães”, CDU e BE pretendem acabar com a hegemonia socialista que dura há 28 anos. Mas, afinal, quem são e o que pretendem fazer os candidatos a Guimarães?
Desde 1989 que o PS comanda os destinos do município. Depois de cumprir o primeiro mandato como presidente, Domingos Bragança tenta dar continuidade aos 28 anos de liderança do Partido Socialista em Guimarães.
Em 2013, Domingos Bragança tomou o lugar do camarada António Magalhães. Venceu as autárquicas desse ano com 47,61% dos votos. O economista não precisa de puxar da calculadora para perceber que, há quatro anos, superou a oposição por larga margem. Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra, é especialista em consultoria económica e financeira.
Foi responsável pelas obras públicas e finanças municipais durante os oito anos em que assumiu a vice-presidência do município. Chega ao cargo de presidente da Comunidade Intermunicipal do Ave em 2016, ocupando o lugar do autarca da Póvoa de Lanhoso, Manuel Batista.
O “Juntos Por Guimarães” faz-se de PSD, CDS-PP, PPM, MPT e PPV/CDC. André Coelho Lima surge como cabeça de lista em Guimarães. É o mais novo dos quatro candidatos, mas o mais experiente no que a candidaturas ao município diz respeito. Encara as autárquicas 2017 como “uma oportunidade de mudança” para Guimarães.
Aponta a acessibilidade e estacionamento como as principais lacunas da cidade, problemas “que afastam os moradores do centro histórico”.
Vitoriano e vimaranense desde que se lembra, assumiu o cargo de dirigente do departamento de juventude do Vitória SC na década de 90. Fez parte da organização das Nicolinas e tem impulsionado a ideia de candidatar o evento a Património Cultural Imaterial da UNESCO. Faz carreira como advogado, com os primeiros passos a serem dados na presidência do Conselho Distrital do Porto da Associação Nacional de Jovens Advogados Portugueses. É vereador desde 2009 e foi líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal.
Parte para as autárquicas com uma mensagem de igualdade. Pretende uma “câmara aberta aos munícipes”, com participações válidas, “sem enganar o eleitor”. Foi candidato em 2013 e chega a 2017 com total confiança dos militantes, tendo reunido unanimidade pela Comissão Concelhia do partido e pel’Os Verdes. Acabar com a maioria absoluta do PS é o principal objectivo da CDU para as autárquicas 2017.
Em 1978, com apenas 18 anos, torna-se militante do Partido Comunista Português. Assume o cargo de vereador na Câmara Municipal de Guimarães a partir de 2011 e foi deputado da Assembleia Municipal de 2009 a 2013. Passou toda a sua vida em Guimarães, facto que considera ser “uma mais-valia para ajudar a resolver os problemas da cidade”. Foi actor, formador e dirigente associativo e, hoje assume-se empresário no ramo da electricidade.
Em 2013, o Bloco de Esquerda teve a percentagem mais baixa (2,04%) entre os candidatos ao município. Wladimir Brito assume o legado deixado por José Fonseca, candidato bloquista nas últimas eleições. Tem baseado o seu discurso nas questões ambientais. Caso seja eleito, promete ouvir todos os vimaranenses e deixa de parte uma possível coligação com o PS.
Também ele se licenciou em Coimbra, mas sem se cruzar com Domingos Bragança. Wladimir Brito seguiu pela área das Ciências Jurídico-Políticas e mais tarde chegaria a professor catedrático na Escola de Direito da Universidade do Minho. Nasceu na Guiné-Bissau, mas passou uma vida em Mindelo, Cabo Verde. Por lá deixou o seu contributo ao ser responsável pela elaboração do projecto da constituição da República de Cabo Verde. Em 2015, assume-se mandatário da candidatura do BE no distrito de Braga.
Por: Paulo Costa