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PSD propõe investigação interna sobre Torre de Alfândega
A propriedade do edifício da Torre da Alfândega continua a dominar a discussão política em Guimarães. A coligação Juntos por Guimarães propôs, esta manhã, ao executivo vimaranense a realização de um processo de averiguação interno para perceber o que correu mal no processo da compra do acesso à Torre da Alfândega.
A Câmara alega que o problema residiu na falha de informações veiculadas pelas entidas competentes, já a oposição vimaranense aponta para uma possível “fuga de informação” nos serviços camarários.
André Coelho Lima, vereador do PSD apresentou uma proposta de inquérito interno. “Se quem não deve não teme, que se faça um processo de averiguação interno para, por um lado, perceber se há de facto informação que [a autarquia] está a veicular que não deveria”, acrescentando que, “se se percebe que há factos que são estranhos, temos que procurar o mais possível descobrir a verdade”. Por outro lado, André Coelho Lima defende a necessidade de “perceber o que é que falhou no não exercício do direito de preferência”.
Confrontado com esta sugestão, o vereador da Cultura na Câmara de Guimarães refere que “o inquérito está feito e que “a câmara municipal tem imensa confiança nos técnicos que estiveram envolvidos neste processo e que, pelo património em Guimarães e pela classificação de Guimarães como património cultural da Humanidade deram um contributo fundamental”. José Bastos sublinha que os técnicos são “muito responsáveis, muito competentes, quer tecnicamente quer em termos de empenho”, não encontrando assim “razão para procurar suspeições que, pelos vistos, nem sequer existem”.
Já para o autarca local, Domingos Bragança, a “fuga de informação” é algo normal numa estrutura de grandes dimensões. Ainda assim, o autarca desvaloriza essa informação, defendendo que todos os actos públicos “sejam conhecidos” para que “todos saibam com clareza” aquilo que o município está a fazer.
O vereador social democrata, André Coelho Lima diz que o executivo de Domingos Bragança está a utilizar as discrepâncias relativas às àreas da Torre de Alfândega como forma de se desculpar por não ter exercido o direito de preferência na venda do imóvel. “Se são 200m2 a mais ou a menos, a probabilidade de poder ser a torre era grande”, apontou, alertando ainda que “compete a quem vai exercer ou não o direito de preferência, estudar a fundo a que é que diz respeito aquilo. Essa é a parte que a câmara não fez. Como diz o vereador Torcato Ribeiro, [a câmara] foi negligente”, acusou o líder da oposição vimaranense.
Ainda assim, José Bastos defende-se alegando que estão a ser tomadas todas as medidas necessárias para “clarificar a situação e para, face a essa informação, poder tomar as medidas que entender necessárias, do ponto de vista jurídico, sem que isso prejudique a decisão que já está tomada, de, logo que identificado pela conservatória o proprietário do nº33, a câmara iniciar, de imediato, o processo expropriativo”.
No final da reunião de câmara, Domingos Bragança deixou uma garantia: “o acesso público à Torre de Alfângeda, ao fim de mais de duzentos anos, estará disponível para os vimaranenses, e para os portugueses. É um símbolo da nossa nacionalidade e será devolvido integralmente à fruição de todos”.