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PSD/CDS demarcam-se da construção da Ecoibéria

A Câmara Municipal de Guimarães (CMG) está sob suspeita. Em causa a construção de uma fábrica de reciclagem, a Ecoibéria, numa zona de reserva ecológica, na freguesia de Penselo. Um grupo de 200 cidadãos levou o processo ao Ministério Público. O assunto foi tornado público numa reportagem televisiva, na qual os técnicos camarários justificaram a aprovação da obra com “interesse municipal”.

Os vereadores da oposição no executivo municipal demarcaram-se da decisão. André Coelho Lima garante que, em reunião do executivo, apenas foi  aprovado o benefício fiscal da empresa e não foram abordadas questões urbanísticas. “Nunca, em momento nenhum, em sede de reunião, tivémos conhecimento, directo ou indirecto, daquele projecto de licenciamento ou das suas condições. Como sabem, a CMG aprova benefícios fiscais para empresas que se querem instalar na cidade. Normalmente, a empresa apresenta o seu projecto à Câmara e traz ao executivo para aprovação dos restantes vereadores, como manda o regulamento. Este dizia que o processo de interesse ecónomico municipal tinha sede em Famalicão, nem sequer adiantava a Freguesia”.

André Coelho Lima, da coligação Juntos por Guimarães, classifica este projecto como “um monstro” que irá certamente prejudicar os vimaranenses. “É difícil compreender do ponto de vista urbanístico. Mas é ainda mais difícil de perceber, tendo em conta o tipo de unidade industrial que é, a proximidade de habitações. Haveria, com certeza, muitos outros locais no nosso concelho onde a empresa se poderia instalar. Esta não é certamente a melhor localização”.

O vereador da coligação Juntos por Guimarães apela ainda à Câmara que se responsabilize pela decisão tomada.

“Com toda a legitimidade, a CMG tem chamado a si todas medidas positivas. Tem que igualmente chamar a si as medidas que podem ter um impacto negativo na população. Partilhar a responsabilidade com a oposição, quando não tivemos conhecimento do projeto, é uma cobardia que não se pode admitir no patamar político”.

Já António Monteiro de Castro, do CDS-PP, fala num projecto altamente polémico que constitui uma agressão ambiental. “É altamente lesivo dos interesses do munícipes. Há um corte do monte que constitui, aos olhos de qualquer cidadão, uma agressão ambiental”. O também vereador da coligação Juntos por Guimarães afirma que os moradores da freguesia de Penselo serão prejudicados. “Nomeadamente as 80 famílias que são confrontadas com a presença de uma fábrica. Mas mais desagradável ainda é saber que se trata de uma fábrica que trata de lixos. Vão ter maus cheiros, insectos e circunstâncias que não são facilmente controláveis”, afirmou.

A empresa já teria efectuado um pedido semelhante à Câmara de Famalicão, mas que foi rejeitado precisamente por o local pretendido ser também em zona de reserva ecológia.

Uma situação que também marcou a Assembleia Municipal de ontem à noite, em Guimarães, com o presidente da Câmara a garantir que do ponto de vista técnico e urbanístico, o processo não apresenta qualquer irregularidade. Além disso, Domingos Bragança frisou que o seu eventual licenciamento implica pareceres da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte e dos Ministérios da Economia e do Ambiente.

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