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Programadores culturais assumem que pandemia deu palco a artistas emergentes

A pandemia permitiu dar palco a artistas emergentes. A opinião é dos programadores do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), Theatro Circo, Casa das Artes de Famalicão e Banhos Velhos.

Os responsáveis participaram, esta quarta-feira, no Cafe Concerto RUM by Mavy, para debater “as realidades e desafios de programar em tempo de pandemia”, a propósito das comemorações dos 31 anos da Universitária.

Na retoma da programação, o CCVF incluiu na programação “artistas menos conhecidos”, por considerá-los “um tecido mais frágil”. “Pelo seu valor, estes artistas eram também de Guimarães. Foi intencionalmente um programa de pequena escala, com artistas que não são de grandes massas”, disse Torrinha. 

Álvaro Santos assume que com o programa famalicense “Há Cultura” lhe permitiu conhecer novos artistas emergentes, olhando para este como “o aspecto mais positivo da pandemia”. 

O programador da Casa das Artes assegura que estes artistas locais vão integrar a programação do Teatro Narciso Ferreira, que vai renascer em Riba D’Ave, no próximo ano. A programação, da responsabilidade do município e da Casa das Artes, dará, assim, espaço “à experimentação e ao lançamento de outro tipo de trabalhos”. Ainda assim, relembrou, o espaço cultural famalicense já vai dando palco a projectos de circo e dança que existem nas escolas do concelho. 



“Esta problemática expôs as condições precárias que os artistas em Portugal têm”


Também Hugo Loureiro, da equipa de programação do Theatro Circo, adiantou que, devido à menor intensidade de actividades, é intenção da sala de espectáculos de Braga incluir na programação, a partir de Setembro, projectos que “normalmente não são acolhidos por falta de tempo”. 


“Não vou dizer que temos um programa específico para artistas locais, mas, por consequência, acontece, já que a actividade do Theatro é uma fonte de rendimento para uma plenitude de actividades profissionais, (ligadas à área de palco ou cargas e descargas), muitas delas precárias, sendo a contratação dos artistas, às vezes, um pretexto para apoiar essa rede”.  

José Manuel Gomes, dos Banhos Velhos, alertou para a necessidade dos programadores estarem atentos a este circuito independente. “Só teremos a verdadeira noção deste impacto daqui a uns tempos”, realçou.

O programador alertou ainda para o facto de “esta problemática ter vindo expor as condições precárias que os artistas em Portugal têm”. “Estes artistas emergentes sofrem na pele como nenhum outro”, disse ainda.

A conversa sobre o presente e o futuro da cultura na região pode voltar a ser ouvida no sábado, às 16 horas, ou podcast.

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