Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio
‘Poética da Palavra’ encerra com três estreias absolutas
Já começou no dia 8 de março, mas as estreias absolutas ficaram reservadas para a última semana. A sexta edição do ciclo ‘Poética da Palavra – Encontros de Teatro’ está em cena até ao dia 27.
‘Prometeu’ sobe ao palco do grande auditório da Casa das Artes de Famalicão, esta sexta-feira, às 21h30, repetindo no sábado, à mesma hora. Concebida pelo Ensemble – Sociedade de Actores e com texto original de Pedro Galiza, a performance alude a uma figura da mitologia grega e à sua “ousadia” de roubar o fogo do Olimpo e dá-lo aos mortais.
De acordo com Álvaro Santos, diretor do espaço cultural famalicense, responsável pelo evento, é “uma espécie de metáfora da realidade em relação à inoperância ou dificuldade das pessoas em arriscar”. Nesse sentido, tenta “passar a mensagem de que o mundo precisa de uma renovação e de alguém que tenha um espírito inquieto”, tal como Prometeu.
No mesmo local, a programação continua com o espetáculo ‘Não sei como dizer-te que a minha voz te procura’. A performance da ACE – Escola de Artes de Famalicão, com dramaturgia e encenação de Emília Silvestre, é estreada na próxima terça-feira, a propósito do Dia Mundial da Poesia, que se celebra esta quinta.
O diretor fala numa peça, baseada num texto de Herberto Helder, que aborda “as pequenas coisas da vida”, explorando os conceitos de beleza e esperança. “Num tempo de algum assombro, há a necessidade também de dizer que nem tudo é tão mau e, portanto, valorizemos aquilo que temos e nunca deixemos de ter esperança”, acrescenta, descrevendo-o como “um trabalho de uma enorme poética e quase onírico”.
Na quarta-feira, no Dia Mundial do Teatro e a fechar o ciclo, a companhia Momento – Artistas Independentes apresenta ‘Eu sou Lorca’, desta vez no Teatro Narciso Ferreira, situado na vila famalicense de Riba d’Ave. A obra ‘Assim que se passarem cinco anos’, de Federico García Lorca, dá o mote para o trabalho desenvolvido por Diogo Freitas e Filipe Gouveia.
Segundo Álvaro Santos, a performance espelha a vida do poeta e dramaturgo, vítima de “opressão em tempos de ditadura”, assassinado durante a Guerra Civil Espanhola. É, por isso, “uma reflexão da liberdade das artes contemporâneas”, não sendo despicienda a sua ligação aos 50 anos do 25 de Abril em Portugal.
Após cada espetáculo da iniciativa ‘Poética da Palavra’, explica, existe uma interação entre o público e os artistas. “A ideia é falar sobre a essência da poética da palavra, do que é o texto, a palavra, a voz, e, sobretudo, o trabalho de ator”, assinala.
‘Poética da Palavra’ estende-se para fora dos palcos
Paralelamente aos espetáculos, decorrem ainda três mesas redondas. Uma delas é sobre encenação, esta quinta-feira, às 17h30, e junta João Castro, ator e encenador, a atriz Mafalda Lencastre, Manuel Tur, ator e encenador, e Nuno M. Cardoso, encenador e professor universitário.
Educação artística é o tema da sessão da próxima terça-feira, à mesma hora, e conta com as presenças de Helena Machado, diretora pedagógica da ACE Famalicão, Pedro Aparício, diretor da ACE – Escola de Artes, Rosália Silva Ramos, presidente da Federação Concelhia das Associações de Pais de Famalicão, Arminda Ferreira, técnica superior do Município de Famalicão, e Nelson Pereira, chefe de divisão da Cultura da autarquia.
Essas duas conversas decorrem no café-concerto da Casa das Artes, enquanto a referente à liberdade e criação artística tem lugar no Teatro Narciso Ferreira, quarta-feira, às 18h. Juntam-se Diogo Freitas, ator e encenador, a gestora cultural Rita Faustino e as atrizes Diana Sá e Filomena Gigante.