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Pode estar a caminho um “simplex” no setor da Agricultura

Pode estar a caminho um ´simplex` no setor da Agricultura. A porta foi deixada aberta pelo Ministro da Agricultura e das Pescas, José Manuel Fernandes, que esteve esta segunda-feira na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho para participar num debate sobre “A importância das eleições europeias”.

Questionado por um jovem agricultor e estudante de Relações Internacionais sobre que soluções tem a Europa para este setor e faixa etária. Recorde-se que na União Europeia a média de idades nesta profissão está nos 58 anos. Em Portugal é de 64 anos, o que demonstra a dificuldade em cativar mão de obra para o setor, o Ministro avança a necessidade, em primeiro lugar, de simplificar processos.

“Há licenciamentos que demoram um tempo que podemos considerar vergonhoso”, dando como exemplo a criação de uma simples charca ou de construção de um espaço para alfaias agrícolas. 

Outro dos desafios a que se propõe são no sentido de criar uma espécie de “encontro de contas”, de modo a garantir que os agricultores conseguem receber fundos europeus mesmo com dívidas à Segurança Social e/ou Finanças.


O Ministro anunciou ainda um projeto piloto que tem como intuito criar instrumentos financeiros, nomeadamente, taxas de juro zero nos primeiros cinco anos. Mecanismo este que pode ser utilizado para intensificar a agricultura de precisão em solo português.

Recorde-se que em fevereiro o anterior Governo já havia anunciado uma linha de crédito com uma taxa de juro zero para apoio à tesouraria, destinada ao setor na ordem dos 50 milhões de euros. O custo com os encargos dos juros desta linha ronda os dois milhões de euros por ano.


José Manuel Fernandes volta a vestir o fato de ´eurodeputado`


Minhoto, português e europeísta garante que todas estas identidades são compatíveis, sendo necessário lutar pelo projeto Europeu e contra a abstenção a 9 de junho. De acordo com o Eurobarómetro quase 80% dos jovens portugueses, entre os 18 e os 30 anos, querem ter uma palavra a dizer na escolha dos 21 eurodeputados que se vão sentar no Parlamento Europeu.

Apostando numa mensagem de consciencialização, José Manuel Fernandes frisa que “90% do investimento público em Portugal tem origem no orçamento da União Europeia”, ou seja, “as estradas onde passamos, a água que bebemos, as creches, os lares, as universidades, a formação profissional, o apoio para as pequenas e médias empresas, para os agricultores e para os pescadores, tem origem no orçamento da UE”. Outro exemplo de que a união faz a força, na ótica do ex-eurodeputado, foi o período da pandemia em que foi possível financiar uma vacina e distribuir as mesmas pelos estados-membros.

Questionado sobre se teme o crescimento da extrema-direita nas eleições de 9 de junho, José Manuel Fernandes diz estar preocupado com o crescimento dos extremos no geral. “Não há bons ditadores sejam de esquerda ou de direita, os extremos são todos maus”, afirma.

Em 15 anos como eurodeputado lembra que “a extrema-direita e a extrema-esquerda votavam sempre da mesma forma”, ou seja, contra. E, segundo o agora Ministro, será esse o sentido de voto em relação ao próximo orçamento.

“Eu não tenho dúvidas que se não fosse a União Europeia, alguns Estados-membros já teriam resvalado para ditaduras, o que mostra bem a importância da União Europeia”, conclui.

EEG sensibiliza os estudantes para votar no próximo dia 9 de junho.

O evento “A importância das eleições europeias”, insere-se no ciclo de palestras do Programa de Desenvolvimento de Competências Transversais EEGenerating Skills e também do programa “Terra Europa” da RTP, que convida figuras políticas com experiência no Parlamento Europeu a visitarem oito escolas públicas e três universidades nacionais, interagindo diretamente com os estudantes. 


A professora da Escola de Economia e Gestão da UMinho, Ana Paula Brandão fala na necessidade de sensibilizar os jovens para as questões europeias através do contacto com atores fulcrais do meio. Essa mesma premissa foi defendida por Valentina Ruas, estudante da licenciatura em Relações Internacionais, que na reta final do curso olha para o conjunto dos 27 como um mercado de trabalho alargado.

As ações informativas e de sensibilização para a importância da União Europeia terão continuidade, em especial através do programa Next Generation EU que desafia os jovens não só a estudar um tema como a fazer recomendações. No final, alunos de todo o país terão oportunidade de conhecer, por dentro, o órgão executivo da EU, a Comissão Europeia.


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