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PM de Cabo Verde pede facilitação de vistos na CPLP
Promover negócios e trabalhar para a desburocratização entre países. Foi isso que pediu ontem, em Braga, o Primeiro Ministro de Cabo Verde, que participou na abertura do 2º Fórum da União de Exportadores da CPLP.
José Maria Neves centrou o discurso de abertura oficial nas potencialidades dos países de língua oficial portuguesa, nas vantagens de que podem tirar partido fortalecendo as trocas comerciais, mas também do impacto que poderá ter a facilitação de circulação de empresários. “Temos de poder definir estratégias concretas para se atingir os objectivos. Há que promover ambientes económicos que estimulem o investimento, em particular há que facilitar e estimular a circulação de homens e de empresários e de estados membros, devendo-se considerar a supressão de vistos para empresários da comunidade da CPLP”. Um apelo que arrancou muitos aplausos da plateia repleta de empresários, na sua maioria africanos e portugueses.
Para além disso, José Maria Neves referiu a necessidade “premente” da procura de mecanismos e modalidades que facilitem o acesso das empresas investidoras ao financiamento, “um dos grandes constrangimentos encontrados pelos operadores económicos, sobretudo os do continente africano”, salientou.
Salimo Abdula, presidente da Confederação Empresarial da CPLP, referiu que este fórum é uma plataforma de ajuda para “os novos descobrimentos” no sector empresarial, mas também um factor “impulsionador” para facilitar a transição de bens e serviços. Também ele admitiu “sonhar” com uma comunidade cujas barreiras legais para entrada de pessoas e de bens “sejam reduzidas ao mínimo possível” e que entre estes países seja mais fácil “transferir conhecimento tecnologia e informação”, assim como “incrementar capacidades onde não existem, tirando de onde elas existem dentro destes países”.
Por sua vez, o presidente da União de Exportadores da Comunidade de Países de Lingua Portuguesa, Mário Costa, reiterou que este “é o momento certo para promover negócios” entre empresas com diferentes conhecimentos. O português assinalou que é necessário “unir” as culturas e formas de estar diferentes “para que se possa fazer negócio”. Para isso, defende, é preciso “acabar com a lógica fornecedor-cliente e começar a perceber a lógica de parceria”. Mário Costa acrescentou que o sentido da União de Exportadores da CPLP é “juntar as empresas brasileiras e portuguesas e com know-how, com tecnologia e com conhecimento, as outras empresas com mercado, com conhecimento de mercado e com recursos naturais”.
O Professor Marcelo Rebelo de Sousa foi um dos convidados para a abertura do Fórum. O também candidato a Presidente da República lembrou que o consenso social é uma das marcas da CPLP e deixou uma certeza aos países de língua portuguesa, quanto ao futuro ou futura presidente da República de Portugal. “Como cidadão lusófono tenho a certeza de que seja qual for o vencedor das eleições para a Presidência da República de Portugal será sempre um obreiro da CPLP, será sempre um defensor da CPLP como projecto de futuro e é isso que é importante quando aqui nos encontramos”, esclareceu, assegurando que não se está a pensar “numa pessoa, num grupo, num partido, num Governo, num Presidente, num Primeiro Ministro ou num Ministro”, mas sim “a pensar num grande projecto colectivo”.
Já Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga e anfitrião do encontro, assinalou os desígnios de Braga, realçando, entre eles a cooperação, referindo que o município de Braga “tem prosseguido uma estratégia de ligação a parceiros internacionais, a regiões e a municípios de todos os países do Mundo e em particular no seio da CPLP, que visam estabelecer parcerias concretas, quer do ponto de vista das relações culturais, educativas, formativas, sociais, desportivas ou de outra índole mas também acordos de cooperação com outros países e outras geografias para partilhar o know-how acumulado”.
O Fórum da União de Exportadores da CPLP termina esta sexta-feira e nos últimos dois dias juntou, no PEB Um 1500 participantes, entre empresários e representantes de instituições dos nove países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e Estados observadores.