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Paula Nogueira pede demissão do “capataz Rui Morais”
Paula Nogueira quer a demissão imediata de Rui Morais, administrador executivo da AGERE, a empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga. Depois de reunir esta quinta-feira de manhã com representantes da Comissão de Trabalhadores, a candidata bloquista considerou “inaceitável existir um clima de medo, intimidação e perseguição” dentro da empresa. Paula Nogueira afirmou aos jornalistas que ouviu dos trabalhadores relatos “preocupantes” relativos ao que se passa no dia-a-dia e deixou alguns exemplos: “Desde serem impedidos de gozar a licença para serem candidatos a eleições, desde impedirem as pessoas de frequentar pós-graduações até obrigarem mães a irem ao médico mostrar os seus seios para confirmar que estavam a amamentar para terem direito à redução de horário… De tudo se passou ao longo destes quatro anos na empresa”, afirmou a bloquista.
“Saímos daqui aterrados com o leque de histórias e de situações que nos foram contados por estes corajosos elementos da Comissão de Trabalhadores da AGERE”, disse a candidata.
Para Paula Nogueira, a administração da AGERE está a revelar-se “incompetente” por não respeitar os trabalhadores. “Estes relatos configuram uma administração que não consegue entender algo básico, ou seja, que o capital humano de cada organização é o seu maior património”. “É impensável gerir uma empresa contra os seus trabalhadores”, acrescentou.
A bloquista, face a estas denúncias, pede a “demissão imediata de Rui Morais por indecência e má figura”. “Demonstrou que jamais está preparado para assumir a administração de uma empresa tão complexa e que presta um serviço tão importante”, sublinhou a candidata que deu conta que “esta casa (AGERE) teve mais processos disciplinares nos últimos quatro anos do que em 37 anos”. “Isto faz parte de uma estratégia de intimidação e retaliação sob os trabalhadores”, afirmou.
Paula Nogueira apelida Rui Morais de “capataz”
A candidata bloquista recordou os tempos do fascismo para caracterizar o que se passa actualmente na AGERE e chama a Rui Morais um “capataz do tempo da velha senhora”. “Não é aceitável que em pleno século XXI tenhamos um capataz à frente da AGERE. O Dr. Rui Morais tem que ser demitido porque é inaceitável o que se passa na empresa com o clima de frustração, intimidação e abatimento psicológico que varre a maioria dos trabalhadores da AGERE”.
Raquel Mourão, porta-voz da comissão de trabalhadores da AGERE na reunião desta quinta-feira, confirmou as denúncias que Paula Nogueira tornou públicas e reafirmou que “existe um clima de insatisfação” na AGERE. “Houve tentativas de atropelar os direitos dos trabalhadores e iremos afirmar, junto do próximo presidente de Câmara e junto do administrador executivo que seja nomeado, que não vamos deixar continuar a política de recursos humanos que tem sido seguida e vamos exigir o cumprimento da Legislação Laboral e o respeito pelos direitos dos trabalhadores”.
Rui Morais pede que Paula Nogueira que identifique os casos que denuncia
Na reacção, ouvido pela RUM, Rui Morais, não quis alongar-se nos comentários e pediu a Paula Nogueira que apresente concretamente os casos que denuncia. “É muito fácil alimentar calúnias baseado no diz que disse. Incentivo-a a apresentar factos e que digam quem foram as pessoas que fizeram propostas que nós não deixamos fazer. Que digam quem foram as pessoas que queriam tirar o mestrado e que não puderam e que em termos de amamentação tiveram dificuldades impostas pela empresa. Se me apresentarem factos, estarei cá”, disse o administrador da AGERE. “Se ela tiver a coragem de concretizar, estou disponível para a receber. Quando se lança para o ar calúnias sem concretizar, isso tem um nome que é calúnia pura”, afirmou.