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Óscar Gonçalves encabeça lista ao Conselho Geral

É o primeiro candidato assumido numa lista concorrente ao Conselho Geral da Universidade do Minho.

Óscar Gonçalves, docente na Escola de Psicologia, encabeça o projecto “Universidade Cidadã” que terá como mandatário Licínio Lima que foi, até aqui, o rosto deste movimento.

Óscar Gonçalves explicou que o objectivo da lista que lidera passa por assumir a postura que tem “pautado a acção dos eleitos por este movimento nos últimos anos” neste órgão máximo de soberania.


“É a terceira vez que a Universidade Cidadã se candidata ao Conselho Geral, ciente de que tem contribuído para aproximar a gestão universitária dos docentes. Temos a ideia central que o Conselho Geral é o último reduto que ainda existe de afirmação deliberativa dos corpos da universidade”, sublinhou o candidato que afirmou que o objectivo deste movimento passa por assumir a maioria na votação que elege 12 representantes dos docentes.

Em relação às prioridades, a dignidade universitária, a defesa da natureza pública de academia, a democraticidade e transparência, a pluralidade e equilíbrio institucional, a excelência sem exclusão e a universidade como agente de transformação social são os eixos basilares.

“Precisamos de assegurar a transparência dos processos de gestão de modo a que consigamos que a administração e reitoria tenham sempre no CG não uma caixa-de-ressonância, mas uma estrutura que ajude a articular a relação da administração da universidade com os interesses dos corpos constituintes, sempre com o centro virado para a pessoa”, disse em entrevista à RUM.

O docente da Escola de Psicologia vai mais longe ao afirma que “as pessoas não podem estar afastadas dos órgãos de gestão da academia”, lembrando que são estas que fazem o dia-a-dia da mesma. O docente fala no caso particular dos seus pares excluindo a ideia de que estes devem “ficar presos à investigação e docência”, explicando que esse modelo, aplicado noutros países, “é caótico” e que “está a contribuir para o insucesso dos alunos, a afastar os professores das responsabilidades juntos dos alunos e a contribuir para a precariedade dos docentes”.

Modelo de gestão colocado em causa

“Nos últimos anos tem-se assistido a um modelo de empresarialização da universidade. Nós não concordamos e temos uma perspectiva oposta. Defendemos que todo o processo de gestão é uma questão de valores e de afirmação de um projecto político para a própria universidade”, afirmou o professor, deixando clara a opinião da Universidade Cidadã neste propósito.

“Esta empresarialização passa, antes de mais, pela tentativa de afastar os académicos da gestão universitária, entregando esta a gestores profissionais”, lê-se numa nota do movimento que assume que “aquilo que aparenta ser uma libertação de um quotidiano oneroso de gestão, corre o risco de se transformar na maior ameaça à liberdade académica”.

A Universidade Cidadã irá divulgar, nos próximos dias, os nomes que compõe a lista, garantindo participação equilibrada de género e de grau. Ainda assim, ficou-se a saber, através da primeira newsletter que esta semana foi divulgada, que a lista vai congregar vários nomes novos em relação à eleição passada.

“A Universidade Cidadã decidiu renovar a lista de candidatos e actualizar o seu ideário, de modo a que este reflicta o resultado da reflexão de quase uma década de participação activa, e dê resposta aos desafios que se colocam, actualmente, à Universidade”, pode ler-se.

Para já, sabe-se que a Universidade Cidadã irá apresentar a lista ao Conselho Geral. É previsível, tal como a RUM noticiou, que Rui Veira de Castro, ex-vice reitor, esteja na base de uma outra lista que poderá ser oficializada em breve. Há ainda uma terceira lista que poderá ser concretizada por João Monteiro, presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho.

As eleições para o Conselho Geral vão decorrer a 21 de Março deste ano.

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