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Orçamento da UE divide deputados portugueses
A criação de emprego é a prioridade central da proposta de orçamento geral da União Europeia para 2016 aprovada hoje no Parlamento Europeu, com 434 votos a favor, 185 contra e 80 abstenções. O relator do Parlamento Europeu para o orçamento, o eurodeputado José Manuel Fernandes, sustentou esta tarde que este documento é realista, responsável e credível. À RUM, o eurodeputado frisou que existe uma política nos três E’s adjacente a esta proposta orçamental. “A prioridade é o emprego, nesse sentido temos de ajudar a reforçar a competitividade da União Europeia. Por isso designamos os três E’s, emprego, empresas e empreendedorismo. Queremos ainda o reforço dos programas como o Cosme, o Erasmus + e o Horizonte 2020 para a investigação e inovação. Para além disso queremos que a iniciativa Emprego Jovem continue em 2016”, assegurou José Manuel Fernandes.
O deputado minhoto referiu ainda que a questão dos refugiados volta a estar em cima da mesa com um reforço no orçamento para essa matéria. Tudo com um objectivo único: “Termos uma União Europeia onde haja crescimento e emprego e, em simultâneo, uma União Europeia solidária”.
Esta proposta orçamental mereceu críticas por parte de algumas forças parlamentares de esquerda. Marisa Matias, eurodeputada eleita pelo Bloco de Esquerda, disse, aos microfones da RUM, que as contas não estão bem explicadas. “O deputado José Manuel Fernandes diz que recebemos muito dinheiro por dia, mas não fala no dinheiro que sai. E isso é que é grave porque nós no mesmo período deste orçamento vamos pagar sete ou oito vezes em serviços de dívida do que os fundos estruturais que vamos receber do orçamento europeu”, assumiu a eurodeputada.
A deputada vai mais longe e diz ainda que “o dinheiro não está a entrar na periferia da zona Euro. Não está a chegar a países como Portugal. Está, isso sim, a sair dos nossos países para o centro da Europa e esse é que é o problema”.
José Manuel Fernandes garante, ainda assim, que as declarações da deputada lusa não fazem sentido. “Recebemos 11 milhões de euros por dia? Recebemos. Pagamos muito em juros? Pagamos! Mas se seguíssemos essas políticas que essa esquerda defende ainda iríamos pagar mais em juros. Isso só vem demonstrar que é preciso não criar dívida. O incrível é que aqueles que conseguem ser, em simultâneo, contra o orçamento e os 11 milhões de euros por dia que Portugal recebe são também os que se queixam dos juros da dívida e quando as medidas que propõem são todas para aumentar a dívida pública”, concluiu o deputado do Partido Popular Europeu.
Os apoios de emergência para agricultores, o reforço de verbas para resolver crise migratória, a reposição do horizonte 2020, aliados a políticas de promoção de emprego são as notas dominantes deste documento.