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Oposição em Braga coloca estratégia municipal em causa
“Falta de visão estratégica”, “deficiente definição de prioridades” e “falta de investimento”. Foram estes alguns dos argumentos apresentados pelos vereadores da oposição na Câmara Municipal de Braga para votar contra o relatório de contas do município, um documento que ontem foi submetido a apreciação em reunião de Câmara.
Hugo Pires e Carlos Almeida acusaram o executivo de “promover a propaganda política” esquecendo-se das promessas eleitorais feitas em 2013. O vereador comunista fala em “estagnação da política municipal”. “Temos vindo a assistir a uma política de imagem e, que na verdade, não passa da criação de um imaginário de que se veio resolver os problemas da cidade, mas que na prática não corresponde às promessas eleitorais e às legítimas aspirações da população”, acrescentou o vereador comunista.
Perante os números apresentados o vereador comunista destacou a “falta de investimento em áreas importantes no concelho, como é o caso da educação, cultura e funções económicas”. “A única coisa que salva este plano negro é a execução do novo quartel dos Bombeiros Sapadores de Braga”, afirmou. Carlos Almeida afirmou que se está a verificar na cidade de Braga uma “obsessão pela redução da dívida”. “É uma gestão extremamente contida dos fundos municipais, com uma obsessão injustificada pela dívida. Não somos adeptos do despesismo, mas não há município que se desenvolva se não houver investimento municipal e, por isso, achamos que devem ser canalizados esforços nesse sentido”.
PS fala em “propaganda política”
Do lado do Partido Socialista, o vereador Hugo Pires referiu-se ao mandato da coligação de direita como sendo de “propaganda política”. “Esta maioria assenta a sua impreparação e falta de visão numa estratégia de pura propaganda. A maioria gasta cerca de meio milhão de euros em contratos de publicidade e comunicação para apagar um passado onde o Partido Socialista contribuiu para o progresso do concelho”, afirmou Hugo Pires aos jornalistas.
O vereador socialista abordou os 20 milhões de dívida abatidos neste último ano. Para o líder da oposição, a explicação é simples: “Se a ambição for fazer pouca coisa, é claro que vamos ter uma taxa de execução alta. E se executarmos poucos projectos e se houver pouco investimento público, naturalmente que abateremos à dívida. Todos os empréstimos do passado serão pagos naturalmente o que faz com que a dívida diminua”.
Presidente da Câmara destaca cumprimento de compromissos eleitorais
Ricardo Rio começou por justificar-se pelo números apresentados afirmando que “não há maneira como inventar”. O edil lembrou que a “o orçamento não estica e está assente numa estrutura de custos fixos muito pesada”.
Ricardo Rio também respondeu às críticas da oposição e afirmou que o município correspondeu ao que os bracarenses tinham como expectativa no arranque do mandato. “O Município correspondeu quer em termos de cumprimento dos compromissos do projecto eleitoral, quer na dinamização económica, valorização cultural e património, planeamento e urbanismo, valorização ambiental e políticas sociais” que implementou na cidade, explicou o autarca.