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“Não saio cansado, porque é sempre um prazer quando transmitimos com paixão o que estamos a fazer”

A história do professor Alberto Proença confunde-se com a da própria Universidade do Minho. Quarenta e sete anos depois, o professor catedrático da Escola de Engenharia despediu-se das salas de aula de uma casa, que ajudou a desenvolver. “Não saio cansado, porque é sempre um prazer quando transmitimos com paixão o que estamos a fazer”, começou por dizer o docente.


Alberto José Proença licenciou-se em Coimbra e doutorou-se em Manchester (Reino Unido). É o docente nº 43 da UMinho, foi investigador do Centro Algoritmi, pesquisando desde a eletrónica digital à computação de alto desempenho, incluindo arquitetura de computadores, computação paralela e computação heterogénea, com aplicações nas áreas do património, da visão por computador, da física e da química. Além disso, introduziu o primeiro serviço nacional de computação paralela (1994), presidiu ao Centro de Informática da UMinho e lançou nesta academia o Programa Erasmus para o intercâmbio de docentes e alunos com a Universidade de Bristol (Reino Unido) nos domínios de computação paralela e visão computacional. Presidiu ainda à área da Computação Avançada no programa de cooperação entre a Universidade do Texas em Austin (EUA) e as universidades de Portugal e lidera, desde 2005, os serviços universitários de ensino e investigação em computação paralela com o cluster de computadores heterogéneos SeARCH.

“Eu pertenço aquela primeira geração, dos anos 70, que ajudou a montar não só serviços, mas também laboratórios”, recordou o professor. Além disso, acompanhou “o centro de informática para dar-lhe uma visão para as novas tecnologias”. “Desenvolvemos muitas das aplicações que estão a correr e houve um esforço muito grande em montar esta universidade e pô-la a funcionar da melhor maneira possível”, referiu ainda.

“É um dos responsáveis por aquilo que foi e continua a ser uma bandeira da UMinho”

O reitor Rui Vieira de Castro fala do “papel determinante do professor Proença no desenvolvimento da universidade”. “É um dos responsáveis por aquilo que foi e continua a ser uma bandeira da UMinho: a forma particular de abordagem do domínio da informática na universidade é que fez com que se tornasse, nesta área, uma referência no contexto nacional”, disse o reitor, agradecendo ao docente o “contributo inestimável” ao longo de quase cinco décadas.

Já Pedro Arezes, presidente da Escola de Engenharia, aponta à importância da “herança” que é deixada pelo docente. “O professor Proença foi um pioneiro e um fundador, muitas das estruturas que hoje temos devemos-lhe a ele e ao seu trabalho”, acrescentou. Pedro Arezes denota ainda o olhar visionário de quem “há mais de 30 anos fez uma aposta em computação avançada”.

Luís Soares Barbosa, diretor do departamento de informática, destaca “o exemplo e dedicação” do professor Proença, que, na sua ótica, “foi muito importante em diversas áreas. “Foi um grande professor, que os alunos estimavam muito. É uma figura muito marcante. Foi sempre uma pessoa muito dedicada, atenta e preocupada com a circunstância de cada colega e aluno”, disse ainda.

Alberto Proença termina a missão na Universidade do Minho com “uma mágoa”. “Tive sempre a preocupação de manter os equipamentos atualizados de modo a que os alunos saíssem daqui com uma formação do que havia de mais atual. Nos últimos oito anos, travaram toda a minha capacidade de investimento em equipamentos, novos sistemas e contratação de mais pessoas”, lamentou.

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