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“Não podemos asfixiar as universidades e esperar desempenhos extraordinários”
A poucas semanas das eleições legislativas antecipadas, o reitor da academia minhota, Rui Vieira de Castro, exige uma postura responsável por parte de quem se apresenta com o objetivo de governar Portugal.
Numa grande entrevista à Rádio Universitária do Minho (RUM) a propósito dos Cinquenta anos da Universidade do Minho (UMinho), – que se assinalam este sábado, dia 17 de fevereiro, – o atual reitor da instituição recorda os inícios e o projeto da instituição quando foi criada, mas também o seu desenvolvimento a diferentes níveis ao longo destas cinco décadas. Os desafios da atualidade, o subfinanciamento, e a preparação para o futuro da instituição são algumas das áreas debatidas.
E sobre o passado recente da academia minhota, Rui Vieira de Castro diz estar convicto que a UMinho “foi prejudicada” nas dotações orçamentais. “A UMinho foi sistematicamente prejudicada ao longo da última década” comparativamente a outras instituições e isso “teve impactos” a diferentes níveis. Em causa estão cerca de 17Milhões de Euros [valor assumido pelo próprio ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior]. Mencionando um “prejuízo objetivo”, fala agora num processo de “convergência” que deve ser “tão rápido quanto possível”.
Mas Rui Vieira de Castro vai mais longe, levantando dúvidas sobre uma verdadeira valorização do ensino superior por parte dos partidos políticos. Nesta matéria, Rui Vieira de Castro diz que qualquer responsável político atual não tem problemas em valorizar o ensino superior, mas teme que sejam mais afirmações do que medidas práticas e reais. “Essa é uma afirmação que é feita que não vejo nenhum responsável a contrariar, o problema é ser-se consequente com a afirmação. Para mim não é claro, não é percetível, quando olhamos para o modo como as universidades são perspetivadas, o que é que se quer das universidades”, atira.
No programa ‘Campus Verbal’, o atual reitor da academia minhota repete a questão que já foi, no passado, levantada pelo próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: “O que é que o país e o poder político quer das suas universidades?”. Exigem-se medidas “congruentes”. “Nós não podemos estar a asfixiar as instituições e depois esperar que elas tenham desempenhos extraordinários”, critica.