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“Não podemos andar a brincar aos referendos”

O Parlamento Europeu quer um Brexit rápido para evitar a incerteza, mas quer também reformas na União Europeia (UE). Esta manhã foi aprovada no Parlamento Europeu uma resolução sobre a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia com 395 deputados a votarem a favor de uma saída rápida, 200 contra e 71 abstenções.

A RUM falou ao início da tarde com o eurodeputado minhoto José Manuel Fernandes que não tem dúvidas de que depois deste referendo foi revelado “o desejo de independência, o egoísmo, o nacionalismo, o proteccionismo mas também a ausência de valores” de muitos britânicos para além do “racismo” e da “xenofobia”.

Apesar do arrependimento já revelado por muitos dos que votaram pela saída e dos movimentos que vão crescendo de apelo a um novo referendo, José Manuel Fernandes lembra que não se pode “andar a brincar aos referendos” e é necessário “tirar consequências e respeitar a vontade dos britânicos”. 

José Manuel Fernandes recordou ainda que o Reino Unido “sempre esteve com um pé dentro e outro fora e muitas vezes quis o alargamento para que isto (UE) descambasse e não funcionasse”. Um Reino Unido que ao longo de todo este tempo “teve uma série de excepções” como uma contribuição para o orçamento tendo depois acesso ao chamado “cheque britânico”. Por isso, o eurodeputado afirma que “é importante que haja por parte de cada estado membro uma atitude de solidariedade, mas também de responsabilidade”.

Resolução aprovada esta manhã sublinha que deve ser accionado “rapidamente” o artigo 50 do Tratado da UE. 

“A decisão do Reino Unido está tomada e a União Europeia deve seguir em frente”, defende José Manuel Fernandes. 

Ainda assim, há quem defenda que a partir daqui algo tem de mudar no seio da União Europeia, mas o eurodeputado considera que antes disso a mudança deve partir de cada país. “Cada líder de Governo nacionaliza os sucessos e europeíza os insucessos. O que é mau vem de Bruxelas que tem sempre as costas largas”, explicou, revelando que alguns governos pedem à Comissão para avançar com determinada legislação que os governos não têm coragem de avançar e depois dizem cada um no seu sítio que não foram eles, mas que foi a Comissão Europeia”. Nesta matéria o eurodeputado defende que “a cultura da responsabilidade é essencial”.

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