Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio
Muralha vitoriana só cedeu a Renato Sanches
Com as atenções da jornada centradas no clássico de Alvalade, Vitória e Benfica procuravam no “castelo” a conquista dos três pontos, naaeste que foi um jogo de regressos.
O primeiro foi o de Rui Vitória que, debaixo de palmas, voltou a pisar o relvado do D. Afonso Henriques, agora na condição de visitante. Depois, o regresso dos encarnados ao palco onde se sagraram bicampeões e com uma surpresa no onze. Gaitan voltou às opções de Rui Vitória e logo para o onze inicial, ainda que com uma exibição cinzenta, à semelhança do resto da equipa. Do lado do Vitória, Paulo Henrique entrou para a defesa e relegou para o banco de suplentes o experiente Moreno.
Perante mais de 20 mil espectadores, as duas equipas proporcionaram uma primeira parte intensa, ainda que as oportunidades claras de golo ficassem guardadas para os últimos dez minutos.
O Vitória esteve sempre melhor que o seu adversário.
O primeiro a criar perigo foi a equipa da casa. Aos 34 minutos, Henrique foge na esquerda, deixa para trás Lisandro Lopez e coloca a bola em Otávio que, após tirar da frente Eliseu, só não conseguiu fazer o golo porque Júlio Cesar saiu em mancha e fez a primeira grande defesa da noite.
O Vitória ia ganhando a batalha do meio campo e explorando as transições rápidas para visar, com perigo, a baliza encarnada.
O Benfica acabou, no entanto, a primeira parte “por cima” dos minhotos. Jonas aos 44 e 45 minutos proporcionou os dois momentos de maior perigo. O primeiro, com um remate de fora da área, o segundo a dar resposta a uma excelente jogada de Renato Sanches, no entanto, o cabeceamento do brasileiro ficou nas mãos de Miguel Silva, autor de uma brilhante defesa.
Na segunda metade os bicampeões nacionais regressaram transfigurados, mas só depois dos sustos que o Vitória protagonizou.
As águias dominaram os últimos 30 minutos do encontro e criaram várias oportunidades para marcar… Valeu ao Vitória a excelente exibição do seu guardião.
Ainda assim, os primeiros lances de perigo pertenceram aos da casa. Aos 60 minutos, Licá rematou por cima após uma arrancada pela esquerda. Volvidos oito minutos, Júlio Cesar foi obrigado a sair da baliza para parar Bouba que se preparava para chegar à baliza encarnada.
A partir desse momento, só deu Benfica. Miguel Silva voltou a intrometer-se entre os jogadores encarnados e o golo. Desta feita, travou um remate de Pizzi que, após jogada de entendimento com Jonas, apareceu isolado.
Volvidos 10 minutos, o golo encarnado. Livre cobrado na esquerda ofensiva do Benfica. Pizzi cruzou, mas a bola acabou por sobrar para Renato Sanches que, após um primeiro remate interceptado, rematou para o fundo das redes. Um golo de belo efeito da nova jóia da coroa encarnada. Foi a “bomba” que derrubou a muralha defensiva dos minhotos.
Aos 82 minutos, Pizzi ainda voltou a estar próximo do golo. Miguel Silva voltou a demonstrar o porquê de ser aposta de Sérgio Conceição na baliza vitoriana.
93 minutos após o apito inicial, uma vitória encarnada num jogo muito intenso, quente e com polémica, mas nem sempre bem jogado.
Na sala de imprensa, os minhotos, pela voz de Sérgio Conceição, queixaram-se de alguns erros da equipa de arbitragem liderada por Carlos Xistra, algo que foi desvalorizado (como seria de esperar) por Rui Vitória.
Sérgio Conceição acusou ainda Carlos Xistra de o ter “insultado” e afirmou que o Vitória foi sempre superior ao Benfica.
No Castelo, após a segunda derrota consecutiva em casa, o Vitória procura melhores ares para um bom início de 2016.
Já os encarnados vão poder assistir calmamente ao clássico entre Sporting e Porto.