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Mesquita Machado constituído arguido pela primeira vez
O Departamento de Investigação e Acção Penal de Braga constituiu, esta quarta-feira, como arguido, o ex-presidente da Câmara de Braga, o socialista Mesquita Machado.
O inquérito refere-se à compra dos edifícios localizados junto ao antigo recolhimento das Convertidas.
Fonte ligada ao processo disse que o ex-autarca foi ouvido pela primeira vez num inquérito – investigado pela Polícia Judiciária (PJ) de Braga – em que está em causa a possibilidade de, em conjunto com outros cinco ex-vereadores, ter praticado o crime de participação económica em negócio.
O JN avança que esta é a primeira vez que Mesquita é constituído arguido pelo Ministério Público, incluindo nos 37 anos que esteve à frente dos destinos da autarquia.
Recorde-se que já na passada segunda-feira Hugo Pires, vereador socialista na Câmara Municipal, afirmou que “todos os vereadores que votaram favoravelmente no mandato anterior foram constituídos arguidos”, lembrando que este é um “processo complexo” sobre o qual vai prestar declarações “em tempo oportuno” para “explicar a bondade do projecto”. Hugo Pires disse esperar “que as coisas fiquem cabalmente esclarecidas para que não haja qualquer ruído sobre o assunto”.
O vereador socialista confirmou ainda que, para já, apenas as ex-vereadoras Ana Paula Morais e Ilda Carneiro foram ouvidas no âmbito deste processo.
Hugo Pires recordou que o tema “não foi resolvido no passado” e por isso é “muito actual”.
A investigação prende-se com a expropriação de três prédios, por três milhões de euros, junto ao do convento das Convertidas, no centro da cidade.
O Departamento de Investigação e Ação Penal de Braga (DIAP) analisa se terá havido crime, já que, quando o negócio começou, o prédio era propriedade de uma empresa do genro de Mesquita Machado, a CCR. A compra veio a ser anulada em 2014 pelo Supremo Tribunal Administrativo após uma ação interposta pelo novo Presidente, Ricardo Rio.
As três casas anexas ao antigo convento foram compradas em 2013 pelo ex-presidente, para serem integradas num projeto de reconversão do Convento – propriedade do Ministério da Administração Interna – em Pousada da Juventude. A aquisição motivou três queixas-crime porque os prédios eram do genro do ex-autarca, antes de serem vendidos – dias antes da compra – à firma ImoDuarte.
RUM / JN