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Matosinhos e Vila Real celebram a cultura ao longo de 2016
É a primeira vez que duas cidades partilham o título de “Capital da Cultura do Eixo Atlântico”. Matosinhos e Vila Real foram as cidades escolhidas e, ao longo de todo ano, apresentarão diversas iniciativas culturais no sentido de reforçar a identidade ibero-americana. “Do Douro ao Atlântico” é o slogan de um evento que será dividido entre as duas cidades portuguesas.
A programação cultural foi apresentada esta tarde, na Câmara Municipal de Braga. Ricardo Rio, presidente do Eixo Antlântico, explicou que o se pretende com este evento é “estreitar os laços entre as populações dos dois lados da fronteira”. “Este ano vem enriquecer ainda mais a iniciativa com um duplo polo de acolhimento da Capital. Matosinhos e Vila Real vão potenciar os recursos existentes e avançar com projectos de novas valências culturais”, garantiu.
Celebrar a cultura ibero-americana é também uma forma de mostrar que a região está unida, disse Xoan Mao, secretário geral do Eixo Altântico. “É a promoção da nossa cultura, demonstrar que está num momento forte. Queremos que as nossas Câmaras continuem a apostar na cultura e que valorizem o que está a ser feito nessa área”. Xoan Mao diz mesmo que o objectivo é a criação de cada vez mais actividade económica para a região e este evento pretende isso mesmo: “Estamos a lutar pelo comboio do Minho, que está para ser uma realidade, e pela ligação entre os dois Aeroportos e não estamos a fazê-lo pelas infraestruturas nem pelos transportes. Temos que unir pessoas, centros de investigação, universidades. Tudo isto tem como objectivo a criação de actividade económica”, afirmou.
Em Matosinhos, pretende-se que a Capital da Cultura do Eixo Atlântico deixe marcas na cidade e, por isso, haverá um investimento de vários milhões de euros em infraestruturas. Guilherme Pinto, presidente do município de Matosinhos, revelou que serão feitos investimentos “desde o Monumento ao Passos Manuel, passando pela Casa da Arquitectura, a Casa do Design e a Casa da Memória. Uma série de coisas que vão ficar plenamente em Matosinhos. Outras infraestruturas vão conhecer outra dimensão, como a Literatura em Viagem e a Festa da Poesia, por exemplo”.
O autarca de Matosinhos espera que a cidade se torne incontornável do ponto de vista cultural. “Nada se faz sem esforço financeiro. Tudo é feito para que Matosinhos fique definitivamente no mapa daqueles que têm bem gosto e gostam de partilhar coisas boas. Eu espero que, tal como no peixe e na logísticas, no campo da cultura, Matosinhos se torne incontornável”, afirmou.
Em Vila Real, o objectivo é criar uma ligação entre a cultura e a gastronomia, de acordo com o autarca Rui Santos. “Temos um teatro municipal que é uma referência em todo o interior norte, bibliotecas abertas 365 dias por ano, dois Museus de grande importância e referenciados a nível nacional, a Casa de Mateus, um ícone internacionalmente reconhecido. Queremos, à volta destes equipamentos, construir um conjunto de eventos de âmbito cultural, associando a vinha e o vinho”, esclareceu.
A ideia é que as duas cidades, apesar da distância, consigam unir-se através da cultura. A abertura do Túnel de Marão seria uma forma de encurtar a viagem entre Matosinhos e Vila Real, diz o presidente da Câmara vila-realense. “Com o Túnel de Marão ficaremos a pouco mais de 45 minutos de Matosinhos. Estou convencido que esta infraestrutura aproximará o interior do litoral – um grande avanço para impormos uma frase célebre de Miguel Torga: «Entre quem é»”.
As cerimónias de inauguração decorrem dia 5 de Maio, em Vila Real, e dia 6 de Maio, em Matosinhos. O encerramento está previso para o mês de Outubro.
Vila Nova de Gaia foi Capital da Cultura do Eixo Atlântico em 2009, Viana do Castelo em 2011 e Ourense em 2014.