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“Estudantes têm que acreditar que não há um poder hegemónico”
Os estudantes da Universidade do Minho são chamados às urnas, este ano e pela primeira vez na história, online, no próximo dia 2 de Dezembro, para escolher os seus representantes nos órgãos sociais da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM).
Ao Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ) concorre ainda João Rocha, actual presidente do órgão. O Conselho Fiscal e Jurisdicional tem como missão fiscalizar, monitorizar e regulamentar as actividades financeiras e administrativas da direcção da AAUM, bem como dar o seu parecer sobre o Plano de Actividades e Orçamento.
“Deve existir um maior cuidado de não haver uma ligação tão pública entre uma lista candidata ao CFJ e uma lista candidata à direcção”
Afonso Silva é estudante de Direito e considera que o CFJ precisa de “maior autonomia e força institucional, mais proximidade aos estudantes, maior abertura, renovação e transparência”. Estes foram os argumentos que motivaram a sua candidatura.
O jovem estudante não poupa críticas à actual gestão do órgão, lamentando “a linha de continuidade” que existe. “Acredito que é possível fazer mais e que deve existir um maior cuidado de não haver uma ligação tão pública entre uma lista candidata ao CFJ e uma lista candidata à direcção. Acredito que os estudantes não queiram que o órgão que fiscalize a actuação da direcção tenha, na campanha eleitoral. mensagens de apoio público e uma identidade comum, com uma das listas da direcção”, apontou.
Por isso, o candidato da lista C bate-se por uma “maior independência sobre o que é a acção da direcção (da AAUM)”. “Queremos um olhar crítico e imparcial sobre cada uma das acções da direcção e achamos que a nossa lista é a que está melhor posiconada”, frisou.
“O feedback tem sido muito positivo e acredito que há potencial para assumir o órgão”
Afonso Silva está em isolamento profilático e, por isso, considera que mais do que nunca o e-votum faz sentido. A ferramenta, considera o candidato, pode ajudar a combater a elevada taxa de abstenção que todos os anos marca este acto eleitoral. “Os estudantes sentem-se alheados dos órgãos sociais da AAUM, em particular do CFJ, prova disso são os níveis absurdos de abstenção. A lista C tem tentado combater o fenómeno da abstenção através de uma maior explicação da função do CFJ, porque a informaçao existe e é pública, mas não é acessível”, explicou.
Afonso Silva acredita que os estudantes lhe vão dar um voto de confiança, mas, para isso, alertou, “é precisa mobilização e votar”. “Acreditamos que é possivel que este ano haja um desfecho diferente. Os estudantes têm que acreditar que não há um poder hegemónico. Serão eleições equilibradas, o feedback tem sido muito positivo e acredito que há potencial para assumir o órgão”, finalizou.
As entrevistas na íntegra aos candidatos podem ser ouvidas em podcast, aqui.
Lista C
1 – Afonso Maia da Silva (Direito)
2 – Ângela Raquel Monteiro (Mestrado em Gestão e Negócios)
3 – Ana Jacinta Sampaio (Ciência Política)
4 – Pedro Mantecon (Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação)
5 – Catarina Ferraz (Línguas Aplicadas)
6 – Laura Semblano (Relações Internacionais)
7 – Josimar Pacheco Cassamá (Medicina)
8 – Sara Azevedo (Engenharia Biomédica)
9 – Daniela Pinto (Ciências da Comunicação)