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Leandro Almeida. O professor de “olhar caloroso” deu a última aula na UMinho

Foi perante uma sala cheia que o professor Leandro Almeida deu a última aula na Universidade do Minho. Uma cerimónia repleta de boa disposição e histórias passadas entre o “mestre” e os seus discípulos. Acarinhado por praticamente toda a comunidade, ao longo de 40 anos de carreira dos quais 35 ao serviço da academia minhota, orientou 80 teses de doutoramento, foi coautor de mais de 200 livros, capítulos e artigos científicos, além de provas psicológicas e educacionais validadas em países de língua portuguesa e espanhola.

Mais recentemente foi galardoado com o Prémio de Investigação da EPsi e, em 2019, com o Prémio de Mérito Científico da Uminho.

Apesar de jubilado, o professor garante que este não é um adeus, mas sim, um até já. “A minha expectativa é que possa continuar a servir esta escola e a psicologia com o mesmo entusiasmo. Andarei por cá, seguramente, os meus laços de trabalho e afetivos são com estes colegas”, sublinha.

Doutorado em psicologia pela Universidade do Porto, ingressou na UMinho em 1989, tendo sido vice-reitor para o Ensino, presidente do Centro de Estudos em Educação e Psicologia e do Instituto de Educação. Aos microfones da RUM, confessa o seu agrado em terminar a carreira de docente na casa mãe, a Escola de Psicologia, apesar de ter servido por vários anos a Escola de Educação. “Os colegas todos aceitaram por unanimidade o meu pedido de reintegração na escola e é por isso mesmo que quero continuar aqui com eles”, frisa.

“Avaliação Psicológica: Contornos técnicos e deontológicos”, foi o tema escolhido para a última aula, uma espécie de alerta para a necessidade das várias áreas trabalharem em equipa, de modo a resolver verdadeiramente os problemas.

“A avaliação psicológica, nomeadamente, os contornos éticos da mesma é uma área que tendencialmente não faz parte da competência direta dos psicólogos, logo não são tão valorizados”, explica. “Esta lição incentiva a que as pessoas não sintam isto como um constrangimento, mas aceitem estes códigos deontológicos como um reforço da seriedade científica da profissão e da ciência”, conclui.

Sempre rodeado de estudantes. É assim que o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, recorda o docente e amigo que “deu o melhor de si e da sua inteligência” em prol do compromisso com o desenvolvimento da instituição.

Já o presidente da Escola de Psicologia, Miguel Gonçalves, frisa o papel do professor a nível nacional e na UMinho. No panorama nacional, foi cofundador e presidente da Associação dos Psicólogos Portugueses (APPORT) responsável pela afirmação da psicologia. Miguel Gonçalves aponta ainda Leandro Almeida como um perito nas áreas da psicologia da educação e avaliação psicológica, um trabalho que desenvolveu no sentido de dotar os psicólogos de instrumentos válidos para avaliações psicológicas fidedignas.

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