JpG: “Há falta de sincronia política entre VIMAGUA e Câmara”

A Coligação Juntos por Guimarães afirma que há falta de sincronia politica entre a Câmara Municipal e a VIMAGUA. Na sequência da aprovação do tarifário da empresa municipal para o próximo ano, André Coelho Lima afirmou que a entidade que gere a água e saneamento em Guimarães e Vizela não prioriza o investimento empresarial, ao contrário da Câmara Municipal (CMG).

O vereador do PSD justifica-se com as diferenças de preços entre Guimarães e Famalicão. “A Câmara tem uma determinação política amiga do investimento. A VIMAGUA – que é presidida pelo presidente do Partido Socialista -tem preços que, quando comparados com Famalicão, se nota uma grande disparidade. No que toca aos preços das indústrias, em Guimarães, as tarifas de ligação de sanemaneto são 311% mais caras, o custo do saneamento é 240% mais caro e o custo da água é 34% mais caro”, revelou o vereador do PSD/CDS.

Em resposta, Amadeu Portilha, vice-presidente do município, assegurou que as empresas continuam a instalar-se em Guimarães, independentemente dos preços da água e saneamento. “Não me parece que seja assim. A CMG dá um apoio efectivo e consistente a empresários que se querem instalar em Guimarães, com um conjunto de benefícios de âmbito fiscal que são conhecidos. Não me parece que a diferença do pagamento da água na ordem dos 20 a 30€ por mês seja relevante para a fixação de empresas em Guimarães ou seja onde for”, atirou o vereador do PS.

André Coelho Lima lembrou ainda que a taxa de resposta a reclamações da VIMAGUA é baixa quando comparada com outros municípios. “No que toca a respostas a reclamações sobre água, no ano passado, eram de 36% e passou para 41%, o que é positivo. Ainda assim, no saneamento passou de 39% para 22%. É uma demonstração objectiva de incompetência na gestão das estruturas. Reparem que Barcelos tem uma taxa de 98% e Braga de 100% de resposta a reclamações”, comparou o vereador do PSD.

Para Amadeu Portilha, a baixa taxa de resposta a reclamações da VIMAGUA não reflecte a qualidade da empresa intermunicipal. “É uma empresa que tem feito um investimento no sentido de garantir fornecimento de água com altos indíces de qualidade. As críticas são absolutamente infudadas. Não me parece que se possa aferir da competência de uma empresa destas pela circunstância do indíce de resposta a reclamações estar abaixo das médias de outras cidades. A competência mede-se por coisas muito mais importantes”, rematou o vice-presidente do município. 

Apesar das críticas, o tarifário para 2016 da VIMAGUA foi aprovado pela maioria socialista, com a abstenção da CDU e votos contra da coligação PSD/CDS.