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UMinho. Investigadora do ICVS ganha bolsa da Fundação La Caixa
Joana Cabral, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da UMinho, é uma das investigadoras contempladas com a bolsa de pós-doutoramento atribuída pela Fundação La Caixa.
No caso do pós-doutoramento Junior Leader, a bolsa tem um valor de 305 100 euros, com uma duração de três anos. Para os doutorandos, o valor é de 122 592 euros, tendo a mesma duração.
No total, a Fundação recebeu 2042 candidaturas e atribuiu 105 bolsas, envolvendo um investimento global de mais de 20 milhões de euros.
O objetivo é apoiar talentos para que levem a cabo a sua investigação em Portugal e Espanha e atrair investigadores de excelência para os dois países. No caso das bolsas de doutoramento, são reforçados aspetos como a comunicação científica, o bem-estar emocional do investigador, a liderança e as oportunidades de financiamento. Por outro lado, a formação proporcionada pelas bolsas de pós-doutoramento fomenta a adoção de uma carreira científica independente como opção de futuro profissional, para além de promover a inovação e a liderança.
Joana Cabral é membro do ICVS mas colabora com laboratórios de todo o mundo
Fascinada pela emergência da vida consciente e profundamente intrigada com os sinais crípticos da atividade cerebral que detetamos, Joana Cabral credita que existe uma ligação entre os dois fenómenos, uma vez que a maioria das perturbações de consciência apresenta alterações claras nestes sinais. Assim, continua a sua busca pelos princípios fundamentais que orquestram os sinais cerebrais, porque só depois de compreender as regras pelas quais se regem, é que podemos desenvolver novas estratégias moduladoras para reequilibrar a atividade cerebral nas perturbações da consciência.
Publicou mais de 50 artigos, 12 dos quais como primeira autora, e fez apresentações em mais de 30 conferências internacionais. Em 2019, recebeu o prémio português L’Oréal para mulheres cientistas. É engenheira biomédica com um doutoramento em Neurociência Computacional. Após um pós-doutoramento no Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford, regressou a Portugal. É membro do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde da Universidade do Minho, mas mantém colaborações contínuas com inúmeros laboratórios de investigação em todo o mundo.
“Financiar a ciência e a tecnologia é fundamental para que o conhecimento humano não pare”
Dos 105 bolseiros selecionados nesta edição, 13 irão desenvolver os seus projetos em Portugal, sendo cinco deles portugueses. De entre os estrangeiros, Espanha é o país com o maior número de bolseiros, 52. Segue-se Itália, com 17, e Alemanha, Brasil, Estados Unidos da América, México e Reino Unido, com 3 cada um.
As bolsas atribuídas distribuíram-se por 67 universidades e centros de investigação da Península Ibérica. Em Portugal, foram 10. As universidades e centros de investigação portugueses são: Universidade do Porto; Universidade de Aveiro; Universidade de Lisboa; Universidade dos Açores; Universidade NOVA de Lisboa; Universidade do Minho; Universidade de Coimbra; IMM – Instituto de Medicina Molecular; Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e o Desenvolvimento; e Fundação Champalimaud.
No que toca a disciplinas, são de destacar áreas como a engenharia civil, engenharia ambiental, engenharia biomédica, geologia, nanociência e nanotecnologia.
“Financiar a ciência e a tecnologia é fundamental para que o conhecimento humano não pare, para poder ir mais além e propor novas soluções para velhos problemas ou novos desafios. O futuro que aí vem está nas mãos de pessoas como estes bolseiros, pessoas com um enorme potencial como agentes de mudança, cocriadores de um futuro em que a longa lista de desafios globais existentes se torne cada vez mais curta”, referiu a diretora-geral adjunta da Fundação ”la Caixa”, Elisa Durán, durante a cerimónia de entrega das bolsas no Museu da Ciência – CosmoCaixa, em Barcelona.