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Investigadora da UMinho vence prémio L’Óreal de ciência

Isabel Veiga, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho, foi distinguida, esta terça-feira, com uma Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. O prémio reconhece o mérito da investigadora nos estudos sobre a malária e atribui-lhe um valor de 15 mil euros, para que possa estudar mecanismos de resistência aos fármacos que o parasita da malária adquire e que causa quase meio milhão de mortes por ano.

A malária é transmitida pela picada de mosquitos com parasitas Plasmodium e é mais frequente em áreas tropicais da África, Ásia e América. O tratamento atual, à base de artemisina, e que mereceu o Nobel da Medicina em 2015, ajudou a reduzir a taxa de mortalidade da doença.

O estudo da investigadora é fundamental para antecipar a eficácia da terapia e para aumentar o seu efeito e longevidade. A cientista vai usar tecnologias de edição do genoma do parasita para avaliar como essas mutações (e respetivas interações) promovem as resistências. E quer ir ainda mais longe: criar em laboratório versões geneticamente modificadas do parasita, para ver o impacto das alterações genéticas de terapêuticas em desenvolvimento e abrir pistas para novos fármacos

A equipa de Isabel Veiga inclui também Pedro Ferreira, Carla Calçada, Miguel Silva, Francisco Araújo, Ana Pinheiro, Isaac Sanchez e Lúcia Moreira, todos ligados ao ICVS e à Escola de Medicina da Universidade do Minho. Isabel Veiga nasceu há 35 anos em Guimarães. É doutorada e pós-doutorada em Ciências Médicas pelo Instituto Karolinska, na Suécia e pós-doutorada pelas universidades do Minho e Columbia, EUA. Já teve projectos apoiados pela Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infeciosas, pelo Instituto Merieux, pela Rede Sueca de Malária, pelo Fundo Nacional de Inovação e Desenvolvimento Científico e Tecnológico da República Dominicana e pela FCT.


O prémio é atribuído pela L’Oréal Portugal, Comissão Nacional da UNESCO e Fundação para a Ciência e a Tecnologia, incentivando investigadoras em Portugal, já doutoradas e com idade até 35 anos, a prosseguirem estudos originais e relevantes para a saúde e o ambiente. O júri presidido por Alexandre Quintanilha avaliou 80 candidatas e elegeu quatro. Além de Isabel Veiga, são laureadas Maria Inês Almeida, da Universidade do Porto, Ana Rita Marques, do Instituto Gulbenkian e Patrícia Baptista, do Instituto Superior Técnico.

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