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Investigador da UMinho “cria” geoparque litoral de Viana

O investigador da Universidade do Minho (UM) Ricardo Carvalhido é o grande impulsionar do geoparque litoral de Viana do Castelo – ainda em fase de desenvolvimento – mas que pode ser visitado com o auxílio de diferentes suportes informativos. 

Tudo começou com a tese de doutoramento. Depois de dez anos de trabalho no terreno, percorrido do rio Minho ao rio Neiva, o grupo de trabalho liderado pelo investigador apresenta os 13 geossítios, em que cinco são considerados monumentos naturais. 

Depois de uma década de trabalho para concluir a inventariação e a classificação, o investigador está convicto de que dentro de mais dez anos o geoparque “estará completamente consolidado e em pleno funcionamento”. Ainda assim, nada que impeça uma visita a estes geossítios.

O novo Geoparque Litoral de Viana do Castelo venceu o Prémio Geoconservação 2016, atribuído pelo grupo português da Associação Europeia para a Conservação do Património Geológico (ProGEO).

Esta sexta-feira, Dia Internacional do Património Geológico e Dia Mundial da Terra, o investigador apresenta em Viana do Castelo, também a sua terra natal, “O Livro de Pedra” na presença do autarca local. Aliás, o investigador enalteceu o esforço e apoio constante do município de Viana do Castelo ao seu grupo de trabalho.

O investigador do Centro de Ciências da Terra da UMinho tentou “perceber quais foram os ambientes que se sucederam entre o rio Minho e o rio Neiva, com detalhe nos últimos 400 mil anos”. A equipa foi-se apercebendo que existiam vários locais com interesse geológico, consolidando-se a ideia de que alguns deles “deveriam ser classificados”, começou por referir Ricardo Carvalhido.

Os monumentos naturais do geoparque são Pedras Ruivas, Canto Marinho, Alcantilado de Montedor, Ribeira de Anha e Ínsuas do Lima.

A Câmara Municipal de Viana do Castelo tem sido o grande parceiro do grupo de investigação até porque o geoparque tem todo o interesse para a população local e deverá captar novos turistas para a região. Para já, decorre a primeira etapa deste processo de desenvolvimento local, social e ambiental. Estão a ser implementadas acções educativas nos monumentos naturais, palestras para a comunidade escolar, palestras para o tecido empresarial e formações de professores. Outro ponto determinante está na sinalização do geoparque, nesta altura “praticamente implementada”, segundo o investigador de 35 anos.

O Livro de Pedra, da autoria de Ricardo Carvalhido será lançado esta sexta-feira, assim como um topoguia que serve como “instrumento de navegação no território”, apoiando a interpretação dos geoturistas. Um primeiro livro “muito gráfico” onde constam “um conjunto de fotografias com uma pequena descrição” para que depois, no campo, “as pessoas possam procurar esse interesse e compreendê-lo”, explicou.

Ricardo Carvalhido refere que este é o “início de um projecto muito amplo”. Estão a ser estabelecidas parcerias com as forças no território, até porque são as empresas de turismo, as cooperativas e as escolas que podem ajudar a alavancar o projecto, potenciando o turismo sustentável.

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