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Investigador da UM adapta carro a gasolina para gás natural

Um investigador de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho converteu um carro a gasolina para gás natural. A alteração, que deverá custar menos de 2 mil euros, baixa, de forma significativa, as emissões de poluentes, o consumo de energia e os custos de combustível. O veículo consegue menos 20% de emissões de CO2

Esta é a primeira conversão realizada dentro do país e surgiu depois de um desafio lançado por uma empresa que vende equipamentos de conversão para GPL.

Luis Martins, professor e investigador, é o responsável pelo projecto que demorou um ano a ser desenvolvido.

Em declarações à RUM e AAUMTV, o investigador apontou que a Europa “apostou muito em carros a diesel, uma aposta que não foi muito conseguida”, daí que considere que passando a utilizar outra vez veículos a gasolina convertidos, eventualmente, para gás natural, “se possa melhorar a qualidade do ar”. Entre as vantagens do gás natural, o docente destaca o facto de não ser um derivado de petróleo e uma vez que o sector dos transportes está praticamente dependente da utilização de combustíveis ligados ao petróleo, esta “seria uma maneira rápida de desviar o sector do consumo de petróleo”. Uma mudança que resultaria, sobretudo em reduções significativas de CO2.

O projecto já foi pensado também para motores a gasóleo. De acordo com Luis Martins, nesse caso, e sobretudo também para transportes pesados, “o motor a gasóleo vai funcionar com uma mistura de combustível”,  gasóleo e gás natural.

Para esta transformação, o abastecimento é feito através de tubos de aço com 4mm de diámetro interior que são protegidos por uma manga plástica, e que, em caso de alguma fuga, “o gás sai para o exterior”. O factor da segurança é essencial, e nesse aspecto, os dois depósitos colocados na mala do veículo “são muito resistentes em caso de impacto”.

Quanto aos gastos, os valores parecem ser apelativos. Num veículo a gás natural é possível fazer 100km com menos de cinco euros e a tendência é para que o valor do gás natural possa descer ainda mais.

O carro foi testado na pista do Clube Automóvel do Minho, em Braga, onde se verificou que a potência do motor baixa entre 10 a 15%, valores residuais, de acordo com o docente.

O que se pretende é vulgarizar este tipo de alterações, mas antes disso há um pormenor legal na regulamentação que em breve deverá ser alterado permitindo, entretanto, a homologação destes automóveis.

Reportagem AAUMTV

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