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Instituto Monsenhor Airosa refuta críticas dos bloquistas
O Instituto Monsenhor Airosa (IMA) esclarece: Não há trabalho ilegal a ser realizado por utentes da instituição. A denúncia tinha partido do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda que dava conta de um alegado trabalho não remunerado que era assegurado por utentes da instituição. Trabalho esse que tinha como fim a comercialização de hóstias, logo, significava retorno financeiro ao IMA.
Esta terça-feira, em declarações à RUM, Luís Gonzaga Dinis, presidente da direcção do IMA, refutou a denuncia dos bloquistas e salientou a multiplicidade de tarefas que as utentes vão cumprindo na instituição. “O que praticamos e estimulamos é que as utentes possam sentir-se úteis e que, para além das actividades lúdicas, recreativas, formativas e culturais que vão tendo. Queremos que tenham a sua vida ocupada com uma multiplicidade de tarefas e actividades”, afirmou. O presidente da instituição salienta ainda que “seria óptimo que a generalidade das pessoas com deficiência pudesse usufruir destas tarefas” que acontecem no IMA.
Assim, sobre o caso em concreto, Luís Gonzaga Dinis explicou que o instituto pretende apenas “envolver as utentes nas tarefas diárias da instituição”. “Para que elas se sintam úteis e para que se estimule a sua auto-estima, tentamos que elas desempenhem tarefas que fariam em casa, numa família. Elas ajudam na cozinha, na limpeza e, também, na oficina das hóstias”, esclareceu o responsável.
Luís Gonzaga Dinis deu ainda o o exemplo concreto do que acontece com uma das utentes que está a trabalhar nesta unidade de produção de hóstias: “Há uma pessoa que escolhe hóstias, um trabalho leve que é o de escolher as que estão bem cortadas ou não. Ela acha que é a que escolhe mais hóstias. Mas ela escolhe muito mal. No fim de escolher as hóstias há uma trabalhadora que vai voltar a escolhe-las porque não podemos lançar esse produto para o mercado. Seria desastroso”, exemplifica.
“Se pesarmos o deve e o haver, esta integração dá mais prejuízo do que lucro. As utentes atrapalham mais vezes do que ajudam. O facto de termos de ter uma funcionária a corrigir os erros atrasa o trabalho”. Ainda assim, o responsável assume que “o que se quer é que as utentes se sintam como se estivessem na casa delas”.
Relatório e Contas já foi tornado público
Sobre o Relatório e Contas que o Bloco sugeriu que fosse tornado público, a explicação de Luís Gonzaga Dinis: “Somos muitas vezes acompanhados, inspeccionados, fiscalizados e também apoiados pelos serviços da Segurança Social. Este ano mudamos o site e tivemos uma série de problemas técnicos e não conseguimos colocar o Relatório e Contas no site atempadamente. Mas neste momento já está disponível”, garantiu.
O responsável negou ainda as críticas relativas à “falta de transparência” que o Bloco de Esquerda sublinhou. Sobre esta matéria, pode ler-se no comunicado que foi enviado à RUM pelo presidente da instituição, que “é falso que o governo do IMA tenha falta de transparência. Todos os anos e dentro dos prazos previstos na lei o IMA elabora, aprova e remete para as entidades competentes quer os Planos de Actividades e Orçamentos quer os Relatórios e Contas bem como toda a restante documentação legalmente exigida”.