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IL Braga diz que Goreti Machado deve renunciar ao cargo que tem na BragaHabit
Depois da acusação do Ministério Público, a Iniciativa Liberal (IL) de Braga diz que Goreti Machado não tem condições para permanecer no lugar de vogal no Conselho de Administração da BragaHabit e considera que a ex-autarca deve renunciar ao cargo.
A ex-presidente da União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães foi acusada pelo Ministério Público do crime de prevaricação por titular de cargo político. “O Ministério Público considerou indiciado que, pelo menos a partir de outubro de 2013, a arguida presidente e o arguido tesoureiro, visando beneficiar economicamente os outros dois arguidos, endereçaram-lhes convites a contratar tendo em vista o fornecimento de bens e serviços à autarquia, o que fizeram sem observância de qualquer procedimento estipulado”, acrescenta.
A acusação diz que os arguidos autarcas se limitaram a contratar “verbalmente, sem qualquer formalização, sequer posterior, nem submissão à apreciação do executivo da junta de freguesia ou da assembleia de freguesia”.
Ainda segundo a acusação, na sequência daquela conduta a um dos arguidos empresários foram pagos 144.617 euros entre 2013 e 2019 e a outro quase 37 mil euros entre 2013 e 2016.
Hélder Pereira, eleito pela IL para a Assembleia daquela União de Freguesias, diz que “é uma surpresa que Goreti Machado ocupe cargos, ainda que não remunerados, onde vai decidir e onde pode continuar este tipo de práticas”.
Em entrevista à RUM, Hélder Pereira adianta que “já existiam suspeitas, na freguesia, que existiria promiscuidade entre a presidente de Junta e empresas”. “Não está em causa se são familiares ou não, mas sim a relação informal que leva a estas ações”, acrescentou. Para a IL Braga o afastamento de cargos públicos deve ser “uma regra aplicada a qualquer pessoa a partir do momento que há este tipo de suspeitas”
Em 2021, a coligação Juntos por Braga perdeu a freguesia para o PS e, segundo Hélder Pereira, “a partir daí recaíram suspeitas sobre o executivo, sendo que a Junta foi alvo de uma auditoria por parte de uma empresa externa, que veio a detetar que existiam irregularidade, desde contratos inexistentes, pagamentos sem documentação que o justificasse, concursos públicos que não existiam”. “Estamos a falar de dinheiros públicos e a gestão deve ser criteriosa e clara”, finalizou o liberal.
Contactada pela RUM, Goreti Machado não quis prestar esclarecimentos, dizendo apenas que responderá em local próprio.